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Cena de “A Família Dionti”, que abriu o Festival de Brasília | Divulgação/
Cena de “A Família Dionti”, que abriu o Festival de Brasília| Foto: Divulgação/

Uma mulher que evapora, um menino que se liquefaz nos calores do primeiro amor, outro que chora grãos de terra e um artista de circo que cospe abelhas e outros personagens fantásticos coabitam no universo criado pelo filme “A Família Dionti”, filme que inaugurou a mostra competitiva de longas-metragens no Festival de Brasília do Cinema Nacional e recebeu muitos aplausos ao final da projeção.

Dirigido pelo carioca Alan Minas, o filme é todo ambientado em Cataguazes, no interior de Minas Gerais, uma espécie de “paraíso perdido” recriado pela produção com sotaques e temperos antigos,som de sanfonas e cheiro de fogão de lenha. O próprio nome do filme é uma corruptela da expressão “de ontem” com a prosódia do caboclo mineiro.

“Queria que a ambientação também fosse protagonista do filme”explicou o diretor e autor do roteiro, baseado em um conto de sua autoria que mistura, segundo o próprio autor, “elementos da prosa de Guimarães Rosa à poesia de Manoel de Barros passando pelo realismo fantástico da literatura latino-americana”.

O mundo onírico e mágico criado por Minas remete a um Brasil rural (dos filmes de Mazzaropi e dos textos de Monteiro Lobato) visto pelo olhar da infância ao contar a história de dois irmãos Kelton, de 13 anos, e Serino, de 15, que vivem em um sítio no interior de Minas Gerais com o pai interpretado pelo ator Antônio Edson, do grupo de teatro mineiro Galpão. A mãe não mora mais com eles, pois derreteu de amor por outro homem, evaporou e desapareceu.

O mais novo se apaixona por uma garota do circo e sua paixão juvenil o faz “derreter” literalmente de amor. “Queria mostrar a visão do mundo a partir do olhar da primeira infância onde vivem a criança, o louco e o poeta”, explica o diretor. O filme que tem efeitos especiais simpáticos e essenciais à trama foi finalizado na Inglaterra com dinheiro obtido no edital do Latin America Fund, do Tribeca Film Institute de Nova Iork.

Amada Morta

Nesta sexta-feira (18) será exibido pela primeira vez no país o longa metragem “Para minha Amada Morta”. O longa acaba de ganhar o prêmio Zentih de Prata no Festival de Montreal (Canadá) e tem no elenco Fernando Alves Pinto, Mayana Neiva, e Michelle Pucci.

O suspense conta a história de um viuvo que se dedica a cuidar do filho e da memória de sua mulher até descobrir em uma fita gravada um segredo sobre o passado de sua amada.

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