30 mil fitas
conseguiu amealhar em seu acervo o turismólogo Rafael Jáder Gonçalves de 30 amos. nascido em Ponta grossa, Gonçalves guarda suas fitas em um galpão na cidade de Itararém em São Paulo.
“Não passa uma semana sem que surja alguém interessado em consertar, comprar ou vender um videocassete”, afirma o empresário Guilherme Miranda, há vinte anos no ramo do conserto de aparelhos analógicos.
Dono da Sukata Som, no centro de Curitiba, Miranda diz que hoje seu publico é variado, tanto pela finalidade que se quer dar ao VHS, quanto pela faixa etária.
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Leia a matéria completa“Tem muita gente que trabalha com remasterização de fitas (a transformação dos arquivos analógicos em digitais), mas tem muita gente saudosista e jovens que gostam de usar coisas analógicas”, explica.
Libertação
Há ainda um grupo de cineastas que produziram muita coisa no formato nas décadas de 1980 e 90, como o videomaker Tiomkim. Pioneiro em Curitiba no uso do VHS para produção de filmes, Tiomkim conta que possui cerca de 500 fitas VHS e, portanto, precisa manter funcionando seus aparelhos.
“Quando o videocassete surgiu foi uma libertação tanto para quem queria ver os filmes como para quem queria fazer e não tinha tanto dinheiro para filmar com película”.
Como Tiomkim, muita gente ainda mantém seu videocassete funcionando. Em 2012, uma pesquisa do instituo Gallup revelou que 58% dos americanos ainda tinham um aparelho em casa.
Como o diretor de cinema Quentin Tarantino. Entusiasta do VHS, o diretor de “Pulp Fiction” tem um acervo particular de mais de dez mil fitas e fez uma declaração de amor ao formato no livro “I Lost it at the Video Store” (ainda sem edição brasileira), do escritor Tom Roston
“Eu gosto de algo duro e tangível na minha mão. E eu não consigo assistir um filme no meu notebook. Por isso eu não uso a Netflix, nem qualquer outro tipo de sistema de distribuição [de filmes]. ”
Quatro cabeças
Paranaense tem o maior acervo de VHS do país
nascido em Ponta Grossa, Rafael Jáder Gonçalves de 30 anos guarda quilômetros de fitas analógicas em um galpão no interior e diz estar cumprindo uma “missão” .
Leia a matéria completaEntre os que procuram os serviços reparatórios da oficina de Miranda, a maioria é de pessoas que ainda não copiaram suas gravações de casamento ou outras ocasiões especiais para outros formatos.
Segundo o empresário, a maior dificuldade é encontrar peças de reposição para os aparelhos. “Não é fácil conseguir peças. A gente precisa ir para São Paulo tentar encontrar e também comprar muita sucata para ir trocando na medida em que a demanda aparece”.
Além de reparar aparelhos de videocassete, Miranda conta com alguns itens para venda em sua loja. O videocassete mono, com duas cabeças, custa R$100. O modelo estéreo, com quatro cabeças, sai por R$150.
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