Após o grande sucesso da série de livros com o Vampiro Lestat, que rendeu ao menos uma boa adaptação para o cinema (“Entrevista com o Vampiro”, dirigido por Neil Jordan em 1994), a escritora norte-americana Anne Rice voltou-se para a vida de Cristo.
O primeiro livro dessa nova série, “Cristo Senhor: A Saída do Egito”, é adaptada com menor sorte para o cinema, com produção de Chris Columbus e direção de Cyrus Nowrasteh (de “O Apedrejamento de Soraya M.”).
Na história de “O Jovem Messias”, Jesus tem apenas sete anos. Vive com a família em Alexandria, para onde fugiram para escapar do Rei Herodes. Quando descobrem que Herodes morreu, resolvem voltar para casa. Mas Jesus, já revelando seus poderes, continuará a ser perseguido.
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Acompanharemos então o rito de passagem de Jesus, uma criança ainda inconsciente de sua condição que vai aos poucos descobrindo, graças à ajuda de sua mãe Maria (Sara Lazzaro), por que veio ao mundo.
O pequeno filho de Deus é interpretado por Adam Greaves-Neal, talentoso ator-mirim. E o elenco ainda conta com Sean Bean, no importante papel de Severo, o centurião que recebe ordens do filho de Herodes (Herodes Antipas) para matar o menino Jesus.
A história cresceria se fosse bem adaptada, independentemente de nossas crenças ou descrenças. Mas Nowrasteh a filma com doses cavalares de pieguice, fartura de música grandiloquente e câmeras lentas redentoras.
Melhor voltarmos aos épicos de Cecil B. De Mille, sobretudo “O Sinal da Cruz” (1932) ou as duas versões de “Os Dez Mandamentos” (1923 e 1956) para entendermos melhor o que é espetáculo histórico de qualidade.