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Cena do filme “Eden”, da cineasta Mia Hansen-Love. | Divulgação
Cena do filme “Eden”, da cineasta Mia Hansen-Love.| Foto: Divulgação

Poderia ter sido um filme sobre Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo, os jovens parisienses alçados à fama planetária nos anos 1990 sob a alcunha de Daft Punk.

Mas, em Eden, longa da diretora Mia Hansen-Love (conhecida por Adeus, Primeiro Amor e O Pai dos Meus Filhos), eles são pouco mais que pano de fundo na história do fictício Paul Vallée (Félix de Givry), DJ que viveu com intensidade os tempos das raves ilegais e da explosão do house garage em Paris, mas sucumbiu às drogas e à força com que a vida adulta abate quem não se torna um astro.

Mais ou menos como ocorreu com o irmão mais velho de Mia, o DJ Sven Hansen-Love, corroterista e principal inspiração para o filme, em cartaz no Rio de Janeiro.

Trilha sonora

A cineasta Mia Hansen-Love conseguiu do Daft Punk o direito para usar três faixas na trilha de Eden: “Da funk”, “One more time” e “Veridis quo”.

“Não é que eu tivesse pensado em fazer um filme sobre o meu irmão”, explica por telefone, Mia, de 34 anos. “Eden era desde o começo ficção profunda, inspirada por eventos reais e por pessoas que existem. Quando começo a escrever, não dá para dizer o que pertence à realidade ou à ficção.”

Eden começa em novembro de 1992, nas primeiras incursões de Paul pelas raves, e chega aos tempos atuais.

No meio do caminho, o rapaz forma uma dupla com o amigo Stan, a Cheers, para produzir faixas dançantes.

Paralelamente a eles, corre o Darlin’, projeto de Thomas e Guy-Man (que, no filme são identificados como garotos “que passam a noite fazendo som com umas máquinas bizarras”).

Por volta de 1995, o Darlin’ virou o Daft Punk, e aí volta a dar as caras no filme numa cena de festa, mostrando em primeira mão o “Da funk”, faixa com a qual a dupla francesa viraria uma sensação internacional pouco tempo depois. Uma história que Mia, de fato, viu acontecer.

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