“Loucas de Alegria”, de Paolo Virzì| Foto: Paolo Ciriello/Divulgação

Além da arte renascentista e da culinária saborosa, a Itália presenteou a humanidade com alguns dos mais talentosos cineastas do século 20: Vittorio De Sica, Roberto Rossellini, Federico Fellini, Sergio Leone... A atual geração de diretores da “bota” pode não ser tão consagrada, mas também merece ser observada. Uma boa amostra pode ser conferida em Curitiba a partir desta quinta-feira (25), quando começa a 8 1/2 Festa do Cinema Italiano, que vai exibir sete produções contemporâneas do país.

CARREGANDO :)

O festival nasceu em Portugal, onde é realizado há nove anos. Após passar por Porto Alegre (RS) em 2014 e 2015, chega pela primeira vez a Curitiba e outras seis capitais brasileiras. De quinta até a próxima quarta (31) serão realizadas duas sessões diárias no Espaço Itaú, às 19h e 21h30. Os ingressos terão preço fixo de R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada).

Publicidade

Segundo o diretor do festival, o italiano Stefano Savio, a seleção dos filmes procurou ser heterogênea, visando encontrar diferentes tipos de público. “Apesar dessa diversidade, mantivemos um nível de qualidade alto. Sentimos que cada um dos autores, dentro do próprio gênero, conseguiu ser inovador”, afirmou.

Nessa leva, aparecem diretores estreantes como Sydney Sibilia, de “Paro Quando Quero” e veteranos como Giuseppe Tornatore, de “Amor Eterno”. De um filme intimista como “As Consequências do Amor” à experimentação estética e narrativa de “Meu Nome é Jeeg Robot”. Confira a seguir os sete filmes selecionados e por que assistir a cada um deles.

Loucas de Alegria, de Paolo Virzì

Paolo Virzì tem uma carreira sólida na Itália, porém, apenas um de seus filmes foi lançado no Brasil, “Capital Humano” (2013). É a oportunidade de conferir o cinema humanista feito pelo diretor, que alterna riso e comoção com a história de duas mulheres, Beatrice e Donatella, que se conhecem em um hospital psiquiátrico e acabam se tornando melhores amigas. O filme foi exibido na Quinzena de Realizadores do Festival de Cannes deste ano.

 

Paro Quando Quero, de Sydney Sibilia

Após dirigir alguns curtas-metragens, o jovem cineasta Sydney Sibilia estreou em longas escrevendo e dirigindo a inusitada saga de um grupo de pesquisadores universitários enfrentando o desemprego. A solução encontrada para ganharem dinheiro é produzir e comercializar drogas, criando assim uma gangue de traficantes acadêmicos. É o representante da novíssima geração do cinema italiano na mostra.

Publicidade

 

Não Seja Mau, de Claudio Caligari

Esse foi apenas o sétimo e último filme de Claudio Caligari, morto em maio do ano passado, logo após terminar a montagem do longa. Seu estilo foi comparado ao de outro diretor italiano consagrado e que se despediu precocemente, Pier Paolo Pasolini. Indicado pela Itália para concorrer ao Oscar de filme estrangeiro de 2016, narra a conturbada amizade de dois jovens na periferia de Roma, em meio a drogas e criminalidade.

 

As Confissões, de Roberto Andò

Ministros da economia das oito principais potências mundiais participam de uma cúpula na qual também estão presentes um monge, uma escritora e um cantor. Um acontecimento trágico abala os participantes e coloca em xeque o rumo das negociações sobre o cenário econômico mundial. O diretor Roberto Andò, da comédia “Viva a Liberdade”, cria um misto fascinante de thriller e drama psicológico, com altas doses de crítica.

 
Publicidade

Meu Nome é Jeeg Robot, de Gabriele Mainetti

Em sua estreia, em longas-metragens, Gabriele Mainetti se consagrou como o grande vencedor do prêmio David di Donatello, considerado o Oscar do cinema italiano, faturando sete troféus. Em uma combinação de comédia, ação e ficção científica, tem como cenário uma Roma futurista, onde um jovem ganha superpoderes ao entrar em contato com uma substância radioativa.

 

Amor Eterno, de Giuseppe Tornatore

Um verdadeiro time de estrelas foi reunido para esse filme, a começar pelo diretor, Giuseppe Tornatore, do já clássico “Cinema Paradiso”. O britânico Jeremy Irons e a ucraniana Olga Kutylenko são professor e aluna que vivem um relacionamento amoroso. A trilha sonora é do mestre Ennio Morricone, um dos maiores compositores da história, que aos 87 anos ganhou seu primeiro Oscar por “Os Oito Odiados”, de Quentin Tarantino.

 

As Consequências do Amor, de Paolo Sorrentino

Vencedor do Oscar de filme estrangeiro em 2014 por “A Grande Beleza”, Paolo Sorrentino teve seu último filme, “A Juventude”, exibido por aqui há pouco tempo. Lançado em 2004, esse é seu segundo longa, que somente agora será exibido em solo brasileiro. Toni Servillo (que também pode ser visto em “As Confissões”) é um homem que há dez anos vive recluso em um hotel. Até o dia que decide conversar com a atendente do bar.

Publicidade

Programação

Dia 25 (quinta)

19h Paro Quando Quero

21h30 Loucas de Alegria

Dia 26 (sexta)

19h Não Seja Mau

Publicidade

21h30 As Confissões

Dia 27 (sábado)

19h Meu Nome é Jeeg Robot

21h30 Amor Eterno

Dia 28 (domingo)
Publicidade

19h As Consequências do Amor

21h30 Paro Quando Quero

Dia 29 (segunda)

19h Loucas de Alegria

21h30 Não Seja Mau

Publicidade
Dia 30 (terça)

19h As Confissões

21h30 Meu Nome é Jeeg Robot

Dia 31 (quarta)

19h Amor Eterno

Publicidade

21h30 As Consequências do Amor