Três nomes fundamentais do cinema de animação japonês terão seus filmes exibidos na mostra “O Universo de Miyazaki | Otomo | Kon”, na Caixa Cultural de Curitiba, entre 15 e 22 de julho.
O projeto contempla 18 longas-metragens dos diretores Hayao Miyazaki, Katsuhiro Otomo e Satoshi Kon, trio de realizadores mais influente do anime japonês autoral contemporâneo.
O evento promove ainda atividades gratuitas, como oficina de mangá e um curso sobre a obra de Miyazaki (ambos com inscrições encerradas), ministrado por um dos curadores da mostra, Jansen Raviera, estudioso da obra do criador nipônico.
O que ver
Os favoritos de Jansen Raviera, curador da mostra:
“Vidas ao Vento” (2013, 126’), de Hayao Miyazaki
Dia 15, às 14h
“Filme-legado, é um poema biográfico de Jiro Horikoshi, grande engenheiro aeronáutico japonês.”
“Tokyo Godfathers” (2003, 92’). Satoshi Kon. 16 anos, legendado.
Dia 16, às 16h30
“Três marginais perdidos numa noite de Natal em Tóquio. Um filme absolutamente anárquico.”
“Atriz Milenar” (2001, 87’). Satoshi Kon. 14 anos, legendado
Dia 22, às 17h
“Um dos filmes mais impactantes da história do cinema. Imperdível”.
Confira a programação completa no Guia.
A curadoria feita por ele e Simone Evan privilegiou a obra de autores que usaram a linguagem popular do anime para criar com abordagens mais profundas e poéticas uma nova face do “cinema de arte”.
“Houve uma grande massificação do anime pelo mundo na forma de séries de tevê. Estes filmes usam a linguagem do anime, mas são mais próximos do grande cinema mundial”, aponta Raviera. “Eu odeio dizer isso, mas animação é considerada por muitos ainda um subgênero infantil. Estes filmes encantadores provam que o anime vai muito além e serviu para renovar o cinema de arte nas décadas de 1980 e 90”, explica.
A mostra começa com “Vidas ao Vento” (2013), mais recente filme de Hayao Miyazaki (fundador do Studio Ghibli e diretor do clássico “Meu Vizinho Totoro”). O longa foi anunciado como o filme de despedida do diretor de algumas das obras mais importantes da cinematografia de animação japonesa e mundial – como o ganhador do Oscar “A Viagem de Chihiro” (2001).
“Foi o trabalho inovador de Miyazaki que abriu caminho para que outros artistas imprimissem traços mais autorais aos seus trabalhos”, explica o curador.
Os outros autores selecionados na mostra foram influenciados diretamente por Myazaki, caso de Katsuhiro Otomo e seu icônico “Akira” (1988); e Satoshi Kon com os impactantes “Paprika” (2006) e “Atriz Milenar” (2001).
“Estes filmes são criações geniais, feitos sem roteiro final e contam histórias que fogem das fórmulas das narrativas que nos acostumamos a ver em filmes da Disney, por exemplo”, diz Raviera.
Caixa Cultural (R. Conselheiro Laurindo, 280). De 15 a 22 de julho. R$ 4 e R$ 2 (meia-entrada).
Mangá
Outra atividade da mostra é uma oficina de mangá (histórias em quadrinhos produzidas no Japão) ministrada pelo desenhista Dilermano Santos. Nela, os alunos terão noções básicas sobre a narrativa no estilo nipônico, abordando os aspectos estéticos dos três diretores em destaque na mostra, além de produzir seus próprios mangás.
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