Kleber Mendonça Filho, diretor de “Aquarius”| Foto: Divulgação/

O Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito civil para investigar uma denúncia anônima contra o cineasta Kleber Mendonça Filho. Segundo a queixa, de maio do ano passado, a captação de recursos para o filme “Aquarius” teria irregularidades, já que, na época, o diretor trabalhava na Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no Recife, órgão ligado ao governo federal.

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A acusação afirma também que as atividades do cineasta seriam incompatíveis com sua atuação na Fundaj, onde ficou até setembro de 2016 - hoje ele é curador de cinema do Instituto Moreira Salles em São Paulo. O advogado de Kleber Mendonça Filho, Aristóteles Câmara, afirma que a denúncia não se sustenta.

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“Ela trata de duas questões, ambas mal postas e mal formuladas, talvez por má-fé”, diz. “Fala que haveria uma vedação na captação de recursos para ‘Aquarius’ pelo fato de, na época, Kleber estar na Fundaj e ser sócio da empresa que captou recursos junto ao BNDES. Mas isso é totalmente incabível, porque cita a Lei Rouanet, quando a captação para o filme foi feita pela Lei do Audiovisual, que tem outras regras.”

A defesa de Kleber observa ainda que a denúncia foi feita logo depois de a equipe de “Aquarius” ter protestado, no Festival de Cannes, contra o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Ao Globo, o MPF informou, por meio da assessoria de imprensa, que o procurador encarregado do caso está de férias.