Fanatismo, amor e morte no interior de Santa Catarina. Esses são os materiais com que o diretor Chico Faganello constrói seu longa-metragem “Oração do Amor Selvagem”.
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Na paisagem bucólica dos campos catarinenses, um homem chamado Tiago (Chico Diaz) viaja com a filha para procurar ajuda para tratar de sua esposa doente. As portas lhe são fechadas numa comunidade cristã e ele encontra pouso e trabalho em uma vila, dominada por um líder messiânico que, entre outras praticas obscuras, precisa “benzer” todas as mulheres da comunidade.
Temendo pelo destino de sua filha, o homem então volta ao povoado que é regido pela interpretação extremista e intolerante da palavra de Deus do pastor Kurtz (Ivo Müller), onde passa a viver e trabalhar na casa de uma viúva que mantém um alambique.
Angústia
O tratamento dado ao tema da intolerância religiosa pelo roteiro dá um tom claustrofóbico ao filme. Algo que a trilha sonora especial de Zeca Baleiro só reforça.
Porém, o “xucro” Tiago tem um pecado imperdoável: não tem religião e acredita que “nenhum Deus pode impedir a felicidade de um homem”.
A trama violenta explode quando o homem se envolve com Miranda (a atriz curitibana Camila Hubner), a angelical irmão do pastor. O roteiro escrito pelo catarinense Chico Faganello é supostamente baseado em fatos ocorridos entre 1979 e 1984 numa pequena cidade do interior de Santa Catarina, de acordo com explicação antes e depois do filme. Porém, em nenhum momento diz em que vilarejo o caso se passou. As filmagens se deram em Antonio Carlos, cidade da grande Florianópolis.
Faganello também soube usar elementos da mitologia narrativa do gênero faroeste – como o do estranho que chega para roubar a paz do vilarejo – para criar um grande filme de terror psicológico em que a violência está sempre à espreita – até o final surpreendente.
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