Os atores Tahar Rahim e Omar Sy| Foto: David Koskas/Divulgação

As questões delicadas da sociedade parecem mesmo ser a chave do sucesso dos filmes dirigidos pela dupla Eric Toledano e Olivier Nakache, responsáveis pelo sucesso de Os Intocáveis e que agora voltam às telas com Samba.

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O filme é uma das grandes atrações do Festival Varilux de Cinema Francês e será exibido no sábado (20), às 19h25, com novas exibições no dia 22 (13h) e 23 (15h20).

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A trama se concentra na trajetória de vida de Samba, imigrante do Senegal que vive há 10 anos em território francês e precisa driblar as adversidades normalmente enfrentadas pelos sans-papier, como são chamados os moradores ilegais do país.

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Sem cair no maniqueísmo do que é feio ou bonito, certo ou errado, a trama coloca em xeque os problemas da imigração na França – fatos que abalam igualmente outros países europeus e são um dos retratos políticos e sociais mais importantes da atualidade no Velho Continente – ao mesmo tempo que traz para o público uma história divertida e farta de valores como amor e amizade.

“É o que se passa na França agora. Se você abre o jornal em qualquer dia, vai ver uma questão sobre a imigração”, explica o diretor Olivier Nakache sobre a escolha do tema da nova produção. “Decidimos usar o filme com uma responsabilidade de contar esse problema pelo qual os países estão passando.”

Na produção, o personagem Samba é interpretado pelo ator Omar Sy, que ganhou o César de melhor ator em 2012 no papel de Driss, em Os Intocáveis. Ele foi o primeiro ator negro a receber o prêmio.

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Sobre a escolha de levar novamente Omar Sy para o centro do trabalho, o diretor Eric Toledano explicou que tudo foi estrategicamente pensado.

“Quisemos usar uma pessoa superimportante na França para fazer o papel de uma pessoa que é desconhecida, que a gente não sabe nem o nome”, comentou.

Embora o nome do personagem Samba não tenha ligação direta com o Brasil, a cultura brasileira aparece pouco no filme. O personagem Wilson, de Tahar Rahim, é um argelino que se faz passar por brasileiro, por achar que sua aceitação seria melhor no país – principalmente com as mulheres.

A decisão dos diretores de usar um “falso brasileiro” serve de desculpa para uma trilha sonora com músicas de Jorge Ben e Gilberto Gil.