Pergunto a um dos jovens que foram fantasiados assistir a Star Wars - Ataque dos Clones se podem sair da sala de exibição por dois minutos para uma foto. “Tá. Mas só se não forem meus minutos favoritos”, condiciona Ivan Verite, de 21 anos. Ele e Yasmin de Carvalho, também 21, estavam vestidos a caráter para o evento realizado na Livraria Cultura na última quinta-feira (7).
Durante mais duas semanas, toda segunda e quinta será dia de assistir aos filmes da saga – como esquenta para o lançamento, ano que vem, do sétimo episódio, O Despertar da Força. Uma programação mais ampla que ocorre a partir do dia 23, incluindo um torneio de jogos, ainda será divulgada.
Antes de entrar naquele universo distante de mim, uma passada rápida pelos trechos dos filmes disponíveis no YouTube não foi suficiente para que eu me familiarizasse com o idioma falado pelos geeks amantes de Guerra nas Estrelas. Perdi a piada no primeiro minuto do filme, quando um deles disse algo e todos riram. A manifestação coletiva, aliás, era frequente, com comentários seguidos por gargalhadas.
A entrevista antes de entrarmos para a sessão também foi confusa. Eram duas meninas e três meninos falando ao mesmo tempo, cada um com algo importante a acrescentar. O lápis (não tinha caneta) não anotava rápido o suficiente. Em alguns momentos, era como ouvir Chewbacca falando. Peguei o seguinte: “Star Wars não é só um filme!”. “O novo filme se passa 30 anos depois. Dizem que é com uma linhagem nova. Mas tem um espaço enorme para eles inventarem coisas”, desconfia Emmanuel Wehrmeister, 18 anos.
Yasmin escolheu como seu personagem de cosplay Luke Skywalker, e não a Princesa Leia, porque se identifica com ele desde bebê – o primeiro aficionado da casa era seu pai, e hoje eles disputam o título.
Ele deve pertencer à mesma geração de Albino Laginski Jr., 50 anos. Já com a sala escura, ele chegou vestido de Obi-Wan-Kenobi e avisou seu intento: “Representar a geração marcada pelas histórias, que viu todos os filmes no cinema e prefere a primeira trilogia. Na segunda, houve muita forçação para encaixar na história”.
O Teatro Eva Herz ficou lotado para a exibição, numa tela não tão grande. Mas nem todos os presentes eram fanáticos. “Somos fãs, só isso. Tem um pessoal doentio”, criticam Bruna Santana, 18, e Augusto Lima, 23.
Deixe sua opinião