Filme estreia nesta quinta-feira (17) em Curitiba.| Foto: Divulgação

E o grande dia chegou. A partir desta quinta-feira, 17, mais de mil salas do país (de um total de 2.957) exibem “Star Wars: Episódio VII - O Despertar da Força”. Havia espectadores esperando há quase 40 anos, desde que, em 1977, George Lucas iniciou sua saga estelar. Já na época, ele anunciou que seriam três trilogias e que estava começando pela segunda. O primeiro episódio, há 38 anos, iria virar o quarto. Lucas fez duas trilogias e saiu de cena para que J.J. Abrams assumisse a terceira.

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Novo ’Star Wars’ desperta a força nas bilheterias

Desde a manhã de quarta-feira (16), o sétimo episódio da saga está sendo exibido em cinemas de 15 países

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A boa notícia é que “O Despertar da Força” é o melhor filme da série desde 1983, e talvez desde 1980, quando Lucas somente produziu e Irvin Kershner realizou “O Império Contra-Ataca”, que virou Episódio V. É o melhor dos seis primeiros filmes, melhor até que o VI, “O Retorno de Jedi”, de Richard Marquand, que encerra o embate psicanalítico de Luke Skywalker com seu pai, o vilão Darth Vader. A construção do herói.

Nos episódios I, II e III, criando o vilão, e por melhor que tenha sido a cena da transformação de Anakin Skywalker em Darth Vader, Lucas confirmou que sempre foi melhor produtor que diretor.

Bye-bye, George

A série ganha um upgrade com J.J., o criador de “Lost” (na TV) e de filmes como “Missão Impossível 3”, “Star Trek” (dois) e “Super-8”. J.J. assumiu declarando que era sua obrigação fazer um filme que os fãs amassem. Ele traz de volta figuras míticas como Leia, Luke e Han Solo. Introduz novos personagens. O roteiro, coassinado por Lawrence Kasdan, garante duas horas de ação, sem tempos mortos. E há a construção do olhar. Em “Super-8”, havia o garoto, órfão de mãe, que queria ser cineasta – um alter ego de J.J. Havia o monstro do espaço, caçado, acuado. Na cabeceira do garoto, há um retrato da mãe. J.J. pegou seus olhos e os colocou no monstro. Quando o menino olha no fundo dos olhos do alienígena, vê a si mesmo, revoltado, angustiado, sonhador.

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(Atenção, spoiler.)

Na trama de “O Despertar da Força”, a Primeira Ordem substituiu o Império no controle da galáxia. Luke sumiu e todo mundo está atrás dele. Há um mapa mostrando o caminho. Os olhos da garota, Rey, a excepcional Daisy Ridley, brilham quando ela ouve falar dos jedis. Não eram mitos? Os olhos de Han Solo brilham quando reencontra o amor de sua vida, Leia, convertida em líder dos rebeldes.

Os olhos de Solo também falam, espanto, dor, na cena com o filho, convertido no vilão Kylo Ren. E os olhos de Luke... Descubra você mesmo. J.J. conseguiu. Que a Força esteja com ele, e os fãs.