Jovens lutando contra um governo tirano, liderados por uma heroína loirinha. Não, não é “Jogos Vorazes”. É “Divergente”, também uma trilogia de literatura juvenil sci-fi que chega agora ao terceiro filme, “Convergente”, com acertos e erros cada vez mais acentuados.
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Como em “Jogos Vorazes”, o último livro foi dividido em dois filmes. Faturar é preciso. A diferença maior está mesmo na mocinha.
Enquanto Jennifer Lawrence tem aquela presença forte na tela, bonitona e voluptuosa, a atriz principal de “Divergente” tem uma beleza “comum”.
Shailene Woodley parece aquela colega que todo mundo teve no colégio, o que a transformou em uma das favoritas dos teens americanos.
Ela interpreta Tris, que mora numa Chicago semidestruída, cercada por um muro intransponível e dividida em castas que, após um tempo de convivência pacífica, começam a se enfrentar.
Os dois primeiros filmes da franquia foram dedicados a mostrar como ela se apaixona pelo galante Quatro (Theo James) e se relaciona com o irmão covarde, Caleb (Ansel Egort), e o amigo traiçoeiro Peter, papel de Miles Teller, a revelação de “Whiplash” e não por acaso o melhor desempenho da série.
35 milhões
Não só no cinema “A Série Divergente: Convergente” é bem-sucedida. O sucesso começou em 2011, com o primeiro livro de Veronica Roth. Ao todo, os três títulos da saga venderam quase 35 milhões de exemplares.
A prática habitual é auxiliar o elenco jovem com gente tarimbada. Nos primeiros filmes apareceram Ashley Judd e Kate Winslet. Neste, é Naomi Watts, quase irreconhecível de cabelos longos e escuros como Evelyn, mãe de Quatro e líder de uma das castas.
Os quatro jovens conseguem ultrapassar o muro para descobrir que essa Chicago do futuro é na verdade uma experiência comandada por David, personagem caricato em sua mesquinhez, que o veterano Jeff Daniels não se esforça para melhorar.
A trama trilha dois caminhos: Tris se defrontando com os segredos do experimento e Quatro tentando impedir que a guerra devaste Chicago.
Como filme de ação, funciona muito bem.
O problema é ser incompreensível para quem não viu os dois primeiros.
Mas “Divergente” (2014) e “Insurgente” (2015) tiveram tanto público que a bilheteria deste está garantida. E também da conclusão da saga, “Ascendente”, prometida para 2017. Definitivamente, filmes apenas para iniciados.
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