Que o cinema argentino vive uma fase extraordinária, sendo responsável por filmes notáveis nos últimos anos, isso não é novidade. O que tem chamado a atenção recentemente é o fato de o país vizinho ter se tornado fonte de inspiração para outros mercados cinematográficos. Inclusive o Brasil. “Um Namorado para Minha Mulher” é a refilmagem brasileira de um dos maiores sucessos do cinema argentino e nada menos que o terceiro remake de um filme deles a chegar às telas em menos de um ano.
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Em dezembro do ano passado foi lançado “Olhos da Justiça”, a sofrível versão americana do espetacular “O Segredo dos seus Olhos” (2009). Há algumas semanas foi a vez dos franceses, que fizeram “Um Amor à Altura”, refilmagem da comédia dramática “Coração de Leão” (2014). Já a produção brasileira é o remake de “Um Namorado Para Minha Esposa”, filme de 2009 que foi um dos maiores sucessos de bilheteria na Argentina e este ano rendeu também uma refilmagem mexicana, “Busco Novio Para Mi Mujer” (ainda inédito no Brasil).
O sucesso veio com uma história simples, típica das comédias românticas hollywoodianas: um comerciante é infeliz no casamento, mas não tem coragem de pedir o divórcio para a mulher. A solução encontrada por ele é contratar alguém para seduzi-la e, assim, fazer com que a esposa tome a iniciativa de se separar.
Diretora de “Um Namorado para Minha Mulher”, Julia Rezende contou à Gazeta do Povo que aceitou o convite para fazer a refilmagem por ter se encantado com a produção argentina. Porém, não queria apenas recontar a história original. “Procurei ser fiel ao DNA dos personagens, mantendo tudo o que achava bacana. Mas era importante adaptar para a realidade brasileira e também me colocar, deixar a minha marca”, ressalta.
Contrariando a tendência dos remakes, o brasileiro consegue ser melhor que o argentino. Principalmente por conta do elenco. Ingrid Guimarães, figurinha carimbada nas comédias nacionais, vive Nena, a jornalista constantemente mal humorada, casada com o abobalhado Chico, interpretado por Caco Ciocler. Mas quem rouba a cena é Domingos Montagner, que faz de seu personagem Corvo um sedutor com visual à la Sidney Magal e toda a canastrice a que tem direito.
Em família
Julia Rezende, que anteriormente dirigiu “Meu Passado me Condena”, tem o cinema no sangue. Ela é filha do veterano diretor Sérgio Rezende (“Em Nome da Lei”) com a produtora Mariza Leão. “Passei a infância nos sets, cresci ouvindo discussões sobre cinema, então, toda minha formação veio de casa”, diz a cineasta, que já foi assistente de direção do pai e teve filmes produzidos pela mãe.
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