Clipes paranaenses na internet:
Veja a produção imagética-musical paranaense no meu canal do YouTube. Ali tem duas listas de reprodução: Acordes Locais 1 e Acordes Locais 2 para vocês se divertirem:
Nós estamos no 13.º dia do 3.º mês de 2013. Até aqui, pelo que consegui acompanhar, neste ano já foram lançados 25 videoclipes de músicos do Paraná. Isso dá uma média de aproximadamente um video a cada três dias. Deve ter mais por este Paranazão afora. E nesta sexta-feira, a boa banda Abraskadabra (foto), que lançou no final do ano passado o disco Grandma Nancys Old School Garden, fará show de lançamento do clipe da faixa "Sing till the End", no John Bull Pub, a partir das 21 horas. O clipe foi dirigido por Júlio Hey, a produção foi da GPR Vídeo, com roteiro de Eduardo Gonçalves.
Para tentar me manter informado e poder informar a vocês, me tornei uma espécie de colecionador de videoclipes paranaenses lançados na internet. Assim, no meu canal no YouTube já somo 388 videoclipes de músicos ligados ao Paraná. E há mais uma dúzia dos que saíram exclusivamente pelo Vimeo. Fora os que perdi, não fiquei sabendo, ou não quis acrescentar. Também produzi vídeos e podcasts para o meu blog Sobretudo.
Os critérios para que eu "colecione" no meu canal são simples. Primeiro, tem de ter um mínimo de qualidade técnica, principalmente na captação do som (há alguns que só têm uma imagem estática); segundo, eu não preciso gostar, mas compreender e aprovar. Ou seja, o critério é fácil: basta que eu não deteste. Como disse, tem alguns que estariam ali, mas eu não fiquei sabendo.
Também não separo por estilos. É uma seleção geográfica. Se a pessoa mora, morou por um bom tempo ou passou a morar no Paraná, eu acrescento. E tudo misturado: do rock à MPB, do indie ao instrumental, do psychobilly ao choro.
Vídeo é fundamental
Dia desses, conversando com a Estrela Leminski e o Téo Ruiz que por sinal vão lançar seu primeiro DVD, São Sons no dia 22, na Livraria Cultura, em Curitiba , lembramos que hoje, para uma banda ser reconhecida, é fundamental ter presença em vídeo. Houve um tempo em que era necessário tocar no rádio, ao vivo, depois em gravações, passou pela necessidade de ter uma fita demo, ter um vinil, depois um CD e, hoje, quem não tem vídeo não existe.
Por que? Eu arrisco uma teoria de pé-quebrado: vivemos uma vida em frente a telas. A televisão está presente nos lares do Brasil há décadas e cada vez mais parecida com um cinema em casa e agora conectada à internet. Trabalhamos em frente à tela de um computador. Surgiram os smartphones que também nos grudam os olhos em uma tela, e ainda vieram as tabuletas mágicas. Ou seja, nossa maneira de pensar a vida e a arte (podemos separá-las?) está definitivamente ligada à imagem em uma tela. Até a literatura está sendo transportada para as telas dos tablets e-readers, os leitores de livros eletrônicos.
O som perdeu
Aqui abro um parêntese para discutir rapidamente outra característica também ligada à evolução tecnológica e mudança de costumes. A imagem saiu ganhando e o som saiu perdendo. Desde a criação do Midi (musical instrument digital interface ou, simplificando, modulagem de som para arquivos digitais) e a compactação sonora pelo MP3 (o áudio é comprimido para diminuir o tamanho dos arquivos sonoros), a sonoridade "encurtou".
Em que pesem os esforços, sistemas do tipo home theater, não se igualam a stereos hi-fi de décadas atrás. Eu mesmo tenho ouvido esses clipes todos (tem mais do que música paranaense no meu canal do YouTube) no computador, em um sistema mal-amplificado ou com fones de ouvido minúsculos. Ou seja, a qualidade do som (não a da música, mas a da captação e reprodução sonora) perdeu importância frente ao domínio da imagem na tela. E o som teve de se adaptar, a mixagem atual corta detalhes e complexidades. Mas essa é uma outra conversa e o espaço desta coluna já acabou.
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