A Língua Geral é uma editora que surgiu, em 2006, com a finalidade de publicar, exclusivamente, obras de literatura escritas no idioma português. Entre os 53 títulos, há livros de angolanos, brasileiros, portugueses e timorenses. Diogo Henriques, o editor, anuncia que este ano, durante a Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto), a ser realizada em Porto de Galinhas, será lançado o romance As Três Vidas, do escritor português João Tordo, uma das vozes literárias mais aplaudidas pela crítica.
Henriques afirma que no Brasil há mercado para a literatura portuguesa contemporânea. As vendas, revela, costumam ser lentas, mas são contínuas.
Pascoal Soto, editor da Leya Brasil, reconhece que, atualmente, os leitores brasileiros têm acesso a uma pequena mostra da prosa e da poesia contemporâneas. "O fluxo de publicação dos autores portugueses no Brasil deveria ser mais intenso. Mas as editoras brasileiras, até por questão de sobrevivência, muitas vezes acabam pautando as publicações por nomes mais conhecidos e best sellers", diz.
A Leya, a maior casa editorial portuguesa, com mais de 17 selos, está no Brasil desde outubro do ano passado. Nesse período, já foram publicados 50 livros e, por enquanto, nenhum de autor português saiu com o selo da Leya brasileira. No entanto, Soto adianta que até o final do ano a editora vai viabilizar a publicação de três romances de autores lusitanos.
A Record publica, e faz algum tempo, a nova ficção portuguesa: de José Luis Peixoto (Uma Casa na Escuridão) a Jorge Reis-Sá (Dom), de João Pereira Coutinho (Avenida Paulista) a Margarida Rebelo Pinto (Alma de Pássaro), de Lídia Jorge (A Manta do Soldado) a José Rodrigues dos Santos (A Filha do Capitão), entre outros.
A Companhia das Letras tem apenas três nomes no catálogo, todos de alto calibre: Gonçalo Tavares, Miguel Sousa Tavares e José Saramago.
A Editora 34, por sua vez, garante que, em setembro, publicará o romance o remorso de baltazar serapião, de valter hugo mãe.
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