Parece que Woody Allen encontrou em Londres a cidade perfeita como pano de fundo para suas histórias de amor e morte. Depois de rodar o esperto suspense "Ponto final - Match point", o diretor decidiu voltar às comédias, mas com um pezinho no suspense, em "Scoop - O grande furo" (veja trailer).

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No filme, a cidade que deu notoriedade a "Jack, O Estripador" agora é palco para os crimes do "Assassino do Tarô", que mata prostitutas e deixa cartas no local. Em comum, além do cenário e das tramas envolvendo crimes e a aristocracia inglesa, os dois filmes têm a carismática presença de Scarlett Johansson - nova musa do diretor.

O cineasta escreveu o roteiro do longa pensando na atriz e ela retribuiu a gentileza à altura. A nova queridinha de Hollywood é a dona do filme e mostra que sabe fazer graça, incorporando à estudante de jornalismo Sondra Pransky os trejeitos que deram força e imortalizaram personagens de Woody Allen, mas com um toque de sensualidade.

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Enquanto em "Match point" Scarlett vive a sedutora Nola Rice, em "Scoop" a atriz incorpora a estudante meio atrapalhada que, ao ser voluntária em um número de ilusionismo, no show comandado pelo mágico esquisitão Sid Waterman (Woddy Allen), é abordada pelo fantasma do jornalista Joe Strombel (Ian McShane), que diz ter indícios de que o jovem milionário e bonitão Peter Lyman (Hugh Jackman) seja o assassino serial que está atacando prostitutas da cidade.

Em busca do tal "grande furo" do título, a americana Sondra vai se aproximando do aristocrata inglês com a ajuda de Waterman, mas acaba se apaixonando pelo suspeito.

No longa, Allen parece ter sido tomado por certa nostalgia, apostando numa comédia tradicional com a cara dos filmes levinhos dos anos 50 e 60, com direito até a um Hugh Jackman com jeitão de Cary Grant.

Apesar dos esforços, "Scoop" não pode, nem de longe, ser incluído na lista dos melhores filmes de Allen, mas tem lá seu charme.

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