Irritada com a versão de Hollywood para a guerra entre gregos e persas no filme "300 de Esparta", a Embaixada do Irã em Brasília divulgou uma nota nesta quarta-feira (4) na qual acusa o filme, que tem no elenco o brasileiro Rodrigo Santoro fazendo o papel do rei persa Xerxes, de "promover o conflito entre as civilizações". Segundo a Embaixada, o enredo do filme é fruto da imaginação do escritor Frank Miller e não tem qualquer fundamento histórico. A nota diz que o enredo distorce a História para atender às posições bélicas dos Estados Unidos.

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"O filme é cheio de distorções da história e da posição relevante na história da civilização da antiga Pérsia. Os produtores do filme, comprometendo e abusando da história, têm a finalidade de promover a idéia do conflito entre civilizações e vai ao encontro das políticas bélicas dos governantes neoliberais dos Estados Unidos da América, sem qualquer fundamento político, histórico ou artístico", diz a nota.

A Embaixada diz que, ao produzir o filme, Hollywood mostrou mais uma vez que está sob o domínio do governo americano e de alguns indivíduos nos bastidores do Estado.

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"Esse filme é uma farsa total e uma ofensa a uma nação cujas características mais gloriosas e honradas são de ter escrito a primeira carta escrita dos Direitos Humanos no mundo, de ser uma nação pacifista, humanista, que propaga o diálogo entre as civilizações e culturas".

A nota afirma ainda que o filme adota os pontos de vista de judeus e seus aliados para ofender a cultura iraniana, "que é cheia de ternura, de compaixão e de sensibilidade".

"Enquanto o Irã apela pelo diálogo entre civilizações, países belicosos querem lesar a história das nações e soam os tambores da guerra e de conflitos entre as civilizações", diz o texto.

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