Emicida: da Vila Zilda para o mundo

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Emicida abriu os trabalhos no palco principal do Lupaluna, o Lunastage, neste sábado (14) com a energia que lhe tornou um dos maiores nomes do rap nacional. Leandro Roque de Oliveira, o homem por trás do apelido, soltou "Rua Augusta" sua última música de trabalho, logo após a abertura. O público que começou tímido aos poucos foi se juntando em frente ao palco principal, onde o rapper e seu DJ Niak comandavam os gritos.

É o primeiro show grande de Emicida. No Brasil, pelo menos. Na semana passada, o cantor se apresentou no renomado festival Coachella, na Califórnia, e se surpreendeu com a recepção: "Não estava esperando que a galera fosse curtir tanto nosso som. Tirando as rádios brasileiras, todo mundo gosta da gente".

No show, músicas de seu primeiro mixtape, intitulado Pra Quem Já Mordeu Cachorro por Fome até que eu Cheguei Longe, como Ela Diz, E.M.I.C.I.D.A., e a clássica Triunfo, música de trabalho que lhe rendeu um dos clipes mais divulgados do hip hop nacional. Além disso, improvisações e canções novas de seu novo EP, Sua Mina Ouve Meu Rep Tamem (sic.), enquanto Niak lançava discos e camisetas para o público.

Samples como o de Rap da Felicidade, de Cidinho e Doca, e Quero te Encontrar, de Claudinho e Buchecha, misturaram-se às letras intensas e inteligentes de Emicida, que deixou o palco cedo para embarcar direto para São Paulo, onde fará outro show ainda nestes sábado. Antes de show, confessou: "Dá aquele friozinho na barriga, né? Mas é chegar lá, olhar no olho das pessoas e fazer o nosso trabalho". A julgar pela receptividade do público, Emicida pode considerar sua missão no Lupaluna 2011 cumprida.