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Conchas perfuradas encontradas numa caverna de calcário no leste do Marrocos são os adornos mais antigos já encontrados e mostram que os humanos usavam símbolos na África 40 mil anos antes de o fazerem na Europa, disse o governo do país.

As pequenas conchas ovais do molusco Nassarius, algumas delas tingidas com ocre vermelho, provavelmente foram perfuradas para ser usadas em pulseiras ou colares, 82 mil anos atrás.

O Ministério da Cultura do Marrocos disse em comunicado que "isso situa os adornos encontrados na Caverna da Pomba, em Taforalt, como sendo mais antigos que os encontrados anteriormente na Argélia, África do Sul e Palestina".

A descoberta representa "um passo grande na compreensão das inovações culturais e do papel que elas exerceram na história humana".

O Marrocos já rendeu outras descobertas pré-históricas importantes, incluindo um dos mais velhos esqueletos de dinossauro dos quais se tem conhecimento, mas sabe-se pouco sobre os humanos que habitaram a região antes de os agricultores berberes se fixarem nela, mais de 2.000 anos atrás.

As conchas foram encontradas e datadas por uma equipe de cientistas do Marrocos, Grã-Bretanha, França e Alemanha que procurava determinar como mudanças no clima e na paisagem afetaram o comportamento humano entre 130 mil e 13 mil anos atrás.

O trabalho faz parte de um estudo mais amplo que procura descobrir se o estreito de Gibraltar, que separa o Marrocos da Espanha, atuou como corredor ou como barreira para os humanos primitivos em seus deslocamentos entre a África e a Europa.

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