Espetáculo “Firefly”, apresentado no Festival de Joinville| Foto: Divulgação/

A Noite de Gala do 33.º Festival de Dança de Joinville trouxe na última segunda-feira (27) o espetáculo “Firefly”, da companhia eVolution Dance Theater, da Itália. A apresentação na metade do Festival é um respiro entre as noites competitivas e geralmente traz um grupo de referência nacional ou até internacional.

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Este ano, o espetáculo apresentado pelo grupo italiano é composto, além da coreografia, por elementos de ilusionismo, videoarte e efeitos especiais com luzes. O norte americano Anthony Heinl, diretor artístico da companhia, diz que o objetivo do espetáculo é causar uma experiência prazerosa, fazer as pessoas se sentirem felizes. Heinl acredita que é disso que o público precisa em tempos de crise em que “todos já têm seus problemas e dramas pessoais”.

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Ao pensar na concepção do espetáculo, o coreógrafo teve como inspiração memórias do pôr do sol de verão que via em Ohio (EUA), sua terra natal. Ele buca reavivar os sentimentos daqueles momentos em que o sol vai sumindo e ficam apenas alguns raios de luz que deixam uma sensação mágica.

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A preparação para a montagem de Firefly exigiu que os bailarinos tivessem treinamento em ilusionismo. Além disso, eles fazem aulas de balé clássico diariamente e têm treinamento de ginastas. A coreografia é composta por uma sequência de quadros com diferentes efeitos especiais. Em alguns deles, explicou o diretor, bailarinos muito bons estão empenhados em participar da cena, mas o que aparece são os efeitos que produzem.

No palco

Na cena, a movimentação é simples e limpa, sendo engrandecida pelos efeitos de luzes. Durante o intervalo da apresentação, em uma conversa informal alguns bailarinos que estavam na plateia comentavam que sentiam falta de mais complexidade na coreografia.

A segunda parte foi mais alegre, com o palco mais iluminado e um colchão de ar para saltos com jeito infantil, mas que exigem muita técnica. O grupo também fez diversos desenhos luminosos em um painel e, ao som da música “Ponteio”, de Edu Lobo, incluiu figuras alusivas ao Brasil, como o Abapuru, um jogo de futebol e alegorias do samba. Apesar dos estereótipos, a “homenagem” foi bem simpática e teve até um “obrigado” escrito em luz fluorescente.

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O Festival de Dança de Joinville acontece no Centreventos Cau Hansen (Av. José Vieira, 315) até o dia 1.º de agosto.

Na plateia estava o curitibano Octávio Nassur, da produtora Dance & Concept. Para ele, o espetáculo trouxe a nova tendência de unir dança com tecnologia e uma montagem com a qual as pessoas não estão acostumadas no Brasil. “Os bailarinos muitas vezes querem ver movimentos de sala de aula no palco, mas a técnica é só uma ferramenta”, diz Nassur. Ele considera que é preciso que mais espetáculos nessa linha sejam montados no Brasil, unindo arte e entretenimento, para formar plateia e atrair não só pessoas envolvidas com a dança, mas o público em geral.

Joinville foi a sexta cidade onde o eVolution Dance Theater se apresentou no Brasil. Eles ainda vão passar por Recife (29/7), Petrópolis (31/7) e Nova Friburgo (2/8).