Uma grande exposição a ser aberta no museu de arte Tate Modern, em Londres, vai tratar da questão da crescente população urbana do mundo e seu impacto sobre as pessoas e o meio ambiente.
A exposição "Global Cities" (cidades globais) vai examinar as mudanças recentes em dez cidades - Cairo, Istambul, Johannesburgo, Londres, Los Angeles, Cidade do México, Mumbai, São Paulo e Tóquio - e vai incluir obras de artistas e arquitetos de destaque.
Ela foi desenvolvida a partir da atração principal da 10ª Bienal de Arquitetura de Veneza, em 2006.
Os organizadores pretendem mostrar como arquitetos podem mudar as vidas de bilhões de pessoas para melhor ou para pior, ajudando a limitar os danos ambientais causados pela expansão das cidades.
"Hoje, em 2007, as Nações Unidas confirmam que metade da população mundial vive em cidades ou algum tipo de área urbana", disse Richard Burdett, curador da exposição, que ficará em cartaz entre 20 de junho e 27 de agosto.
Burdett disse que um século atrás essa cifra era de apenas 10 por cento, e que até 2050 chegará a 75 por cento.
"O formato, tamanho e estrutura de mega-cidades que estão explodindo, como Mumbai, Xangai, Cidade do México, Istambul ou Cairo, afetam não apenas as vidas de milhões de novos moradores urbanos, mas também a saúde e sustentabilidade do planeta," disse o Tae em comunicado.
As grandes cidades contribuem para mais de 75 por cento das emissões mundiais de CO2. Além da crescente responsabilidade ambiental dos arquitetos, estes também podem exercer um impacto social sobre as populações urbanas, disse Burdett.
Falando de uma favela gigantesca em Caracas, a capital venezuelana, ele disse em briefing de imprensa promovido para anunciar a exposição: "Acho que criar uma escola, uma academia de ginástica ou alguma outra instalação que tire as pessoas das ruas ajuda de fato a reduzir os índices de criminalidade."
"Ao decidir o futuro das cidades, podemos decidir o futuro das pessoas." A expansão das cidades não é o único problema enfrentado por arquitetos.
Burdett citou o exemplo de Johannesburgo, na África do Sul, onde o centro moderno da cidade começou a se esvaziar desde a década de 1990, com pessoas e empresas se transferindo para condomínios fechados que ressaltam a divisão social entre ricos e pobres.
A exposição será montada no enorme Turbine Hall do Tate Modern e vai incluir salas para a exibição de instalações em vídeo, fotos nas paredes e esculturas e modelos feitos por artistas e arquitetos.
Entre os arquitetos destacados estão a iraquiana com cidadania britânica Zaha Hadid, a primeira mulher a conquistar o cobiçado Prêmio Pritzker de arquitetura (em 2004), o holandês Rem Koolhass e o duo residente na Suíça Jacques Herzog & Pierre de Meuron.
Foram eles dois os responsáveis intelectuais pela conversão de uma usina elétrica abandonada na margem sul do rio Tâmisa, na região central de Londres, no museu Tate, que em pouco tempo se converteu em uma das mais importantes galerias de arte moderna do mundo.
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