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A COP8 termina nesta sexta-feira sob a ameaça de que as decisões que venham a ser tomadas para reverter o quadro de devastação ambiental não tenham dinheiro para serem implementadas, devido à declarada intenção do governo norte-americano de cortar pela metade o repasse de recursos para o Fundo Mundial de Meio Ambiente (GEF). O governo brasileiro, que preside a COP, já fala em adotar uma estratégia de provocar um "constrangimento positivo" para dissuadir o governo norte-americano.

Os EUA são o principal país financiador do GEF, responsáveis por cerca de 20% do aporte de recursos para o fundo, que deve distribuir, no período de 2002–2006, cerca de US$ 3 bilhões para projetos ambientais, sobretudo em países em desenvolvimento. Para o quadriênio 2006–2010, esperava-se a manutenção, ou até mesmo o aumento, dos recursos disponíveis, mas a decisão norte-americana frustraria essa expectativa.

O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Cláudio Langone, afirma que muitos países não têm recursos próprios para criar unidades de conservação. Segundo ele, o corte de recursos dificultaria ainda mais a execução das metas de combate à perda da biodiversidade estabelecidas para 2010. Segundo Langone, o presidente Lula deverá tentar incluir a questão do financiamento ambiental na agenda de uma reunião do G-8 (grupo dos sete países mais ricos do mundo mais a Rússia). O Brasil é convidado da reunião, que ocorre na Rússia, em setembro.

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