Em cerimônia de pouco brilho, muita política e poucas surpresas, o favorito “Birdman” levou os principais prêmios na 87ª edição do Oscar.
O longa ganhou como melhor filme e deu o prêmio de direção a Alejandro González Iñárritu por sua história sobre um ator decadente que tenta a sorte na Broadway. No total levou quatro prêmios, batendo outro favorito, “Boyhoood”, de Richard Linklater, rodado durante 12 anos.
Mexicano é o 6º diretor a ganhar também como roteirista e filme em um único Oscar
Na entrevista coletiva após a cerimônia do Oscar, o diretor mexicano Alejandro Gonzalez Iñarritu definiu de forma inesperada a originalidade de seu filme Birdman: “O medo é como uma camisinha contra a livre criação”. Iñarritu é o sexto diretor a ganhar também como roteirista e filme em um único Oscar.
Leia a matéria completaFoi o segundo ano consecutivo em que um mexicano foi escolhido como melhor diretor. Em 2014, Alfonso Cuarón venceu por “Gravidade”.
Não houve muitas surpresas nas categorias de atuação.
Pelo papel do físico Stephen Hawking, Eddie Redmayne ganhou como melhor ator em “A Teoria de Tudo”, desbancando o outro favorito: Michael Keaton, de “Birdman”.
O prêmio de atriz foi para Julianne Moore (“Para Sempre Alice”), que vive uma mulher com Alzheimer. J. K. Simmons ganhou como ator coadjuvante em “Whiplash”, e Patricia Arquette, como atriz coadjuvante em “Boyhood”.
Os prêmios foram anunciados na noite do domingo (22), em cerimônia com menos acontecimentos marcantes.
Um dos poucos momentos mais emocionantes foi a apresentação da música “Glory”, de John Legend e Common, que venceu como canção original, dando a única estatueta ao filme “Selma”. A apresentação e o discurso de Legend sobre igualdade racial levaram atores às lágrimas.
Já Patricia Arquette discursou pedindo equiparação salarial entre homens e mulheres em Hollywood, sendo aplaudida por Meryl Streep.
Outro momento de engajamento político foi o prêmio de melhor documentário dado a “Citizenfour”, de Laura Poitras, sobre o ex-agente da NSA Edward Snowden. O jornalista Glenn Greenwald, responsável por veicular as revelações de Snowden, subiu ao palco com a equipe.
Nesta categoria competia a coprodução brasileira “O Sal da Terra”, de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado, sobre o fotógrafo Sebastião Salgado, que perdeu.
Indicado a sete estatuetas, “Grande Hotel Budapeste”, de Wes Anderson, levou quatro prêmios técnicos: direção de arte, figurino, trilha sonora e maquiagem.
Em filme estrangeiro, o vencedor foi o polonês “Ida”, de Pawel Pawlikowski. O longa trata da história de uma noviça que descobre um segredo familiar ligado à ocupação nazista na Polônia.
Anfitrião do Oscar pela primeira vez, o ator Neil Patrick Harris (“How I Met Your Mother”) começou a apresentação com um número musical que fez referências a filmes como “Dançando na Chuva” e “Instinto Selvagem”. Depois, só de cueca, imitou uma das cenas mais conhecidas de “Birdman”, de Iñárritu.
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