A cantora Fernanda Takai, da banda mineira Pato Fu, apresenta nesta sexta-feira (8), no Guairão, o primeiro show completo em Curitiba de seu terceiro trabalho solo, Na Medida do Impossível (2014).
Assim como em trabalhos anteriores, o novo disco de Fernanda traz versões pop delicadas para canções antigas de artistas de universos bem diferentes entre si.
Ela regravou um sucesso da Jovem Guarda, “A Pobreza” (do cantor e compositor Leno); uma canção de Benito di Paula da década de 1970, “Como Dizia o Mestre”; uma versão do parceiro de banda e marido John Ulhoa para uma canção de George Michael, “Pra Curar Essa Dor”(“Heal The Pain”); e até uma música do Padre Zezinho, “Amar como Jesus Amou”. Todas tiradas de seu baú afetivo.
Guairão, (41) 3304-7982. Dia 8, às 21 horas. Assinantes da Gazeta do Povo têm 50% e desconto na compra de até 2 ingressos (titular e um acompanhante). Ingressos de R$ 36 a R$ 106. Mais informações no Guia.
O terceiro álbum é o primeiro a mostrar a faceta de compositora “solo”, por assim dizer. Seu primeiro disco, Onde Brilhem os Olhos Seus (2007), foi todo dedicado ao repertório de Nara Leão (1942-1989). O seguinte, Luz Negra (2009), trazia apenas uma composição sua, ao lado de Ulhoa, “5 Discos”. A artista ainda lançou um outro trabalho paralelo ao Pato Fu, Fundamental – uma parceria com o ex-guitarrista do The Police e compositor Andy Summers em 2012.
“Ficou uma vontade de gravar músicas que eu tenho sozinha, ou que tinha vontade de fazer com outras pessoas, que não caberiam no repertório do Pato Fu”, diz Fernanda, em entrevista por telefone para a Gazeta do Povo. “Pensei em algumas ideias que eu tinha e queria desenvolver com outros parceiros que não fossem o John.”
Ela cantou com Pitty (“Seu Tipo”), o baterista Marcelo Bonfá (“De um Jeito ou de Outro”) e Marina Lima (“Quase Desatento”), além de criar uma versão em português para uma canção de Julieta Venegas, “Doce Companhia” (“Dulce Compañia”). “A ideia, antes do disco de inéditas do Pato Fu, era chamar pessoas que já havia encontrado na minha carreira”, diz.
Minha tendência na banda é fazer uma coisa mais pop. O estranhamento e o experimentalismo do Pato Fu não vêm de mim
Fernanda explica que as canções e ideias musicais presentes em Na Medida do Impossível eram particularmente diferentes da proposta do disco que o Pato Fu lançaria na sequência, Não Pare Pra Pensar, que saiu em novembro de 2014 (cerca de oito meses depois do disco solo da vocalista). “É um álbum todo mais para cima. Os discos do Pato Fu tendem a ser muito claro-escuro, músicas muito calmas e outras muito elétricas. Este é mais uniforme no sentido de que todas as músicas são muito rápidas”, explica. “Não via essas minhas músicas no disco mais recente do Pato Fu. A gente tinha rascunhado em nossas cabeças que este disco seria outra coisa.”
Fernanda diz que essas mesmas canções poderiam, talvez, entrar em um outro trabalho da banda futuramente, mas diz que diferenças não são apenas circunstanciais.
“Meu papel na banda fica bem mais explícito a partir do momento em que você ouve meus discos solo. Todas minhas escolhas, tanto de repertório quanto de arranjos, são sempre mais suaves que as coisas do Pato Fu. Minha tendência na seleção de repertório da banda é fazer uma coisa mais pop. O estranhamento e o experimentalismo do Pato Fu não vêm de mim”, explica.
“Eu não conseguiria, nem iria querer obrigar o Pato Fu a ser só o meu lado. Isso acabaria matando a banda. E fico contente com meu papel lá, de colocar uma coisa mais suave, um pouco mais pop. ”
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