Hoje em dia a única coisa que anda assustando nos filmes de terror nos Estados Unidos é a situação nas bilheterias. Desde 6 de maio, quando "A casa de cera" estreou, já foram lançados outros cinco filmes do gênero, todos com resultados pífios.
O muito divulgado remake de "O museu de cera" vendeu modestos US$ 32,1 milhões de bilheteria. "Terra dos mortos", de George Romero, arrecadou apenas US$ 20,3 milhões. "Água negra", remake de um terror japonês com direção do brasileiro Walter Salles, não conseguiu mais de US$ 23,1 milhões. E o importado francês "Haute tension" rendeu míseros US$ 3,6 milhões.
A Lions Gate Releasing nutria altas esperanças para a estréia de "The devil's rejects", de Rob Zombie, no último fim de semana, mas o filme estreou na oitava posição nas bilheterias, arrecadando modestos US$ 7 milhões, número que deve cair bastante em seu segundo final de semana em cartaz.
Diante da saturação do gênero, os mestres do terror estão receosos de que a bolha do horror já tenha estourado.
- Parece que algumas coisas boas estão se perdendo - disse Brad Fuller, sócio da Platinum Dunes, que produziu o bem-sucedido remake de "Massacre da serra elétrica" em 2003. Ele prepara agora um filme que deve anteceder a primeira história. A empresa também prepara um remake do filme de terror "A morte pede carona", dos anos 1980.
- Estamos analisando as cifras para ver o que podemos fazer de maneira melhor e mais inteligente.
Enquanto isso, a New Line Cinema, que lançou suas raízes no campo do terror há décadas, está tirando um descanso do gênero.
- Essa saturação é a razão pela qual só vamos lançar outro terror no primeiro trimestre do ano que vem - disse David Tuckerman, presidente de distribuição doméstica do estúdio, referindo-se a "Premonição 3" ("Final destination 3").
Alguns observadores da indústria já previam essa fase de vacas magras havia algum tempo. Ainda no inverno americano deste ano, porém, havia filmes de terror rendendo bastante.
"Vozes do além" e "Amigo oculto" estrearam em janeiro nos EUA com mais de US$ 19 milhões cada e arrecadaram ao todo mais de US$ 50 milhões cada um, enquanto "O pesadelo" acumulou US$ 46 milhões.
A New Line e a Dimension, esta última construída com base no sucesso da série "Pânico", mantiveram sua empresa mãe, a Miramax, fora do vermelho por muitos anos.
Enquanto isso, outras companhias foram buscando abrir caminho no mercado dos calafrios, incluindo a Raw Nerve e a Ghost House, de Sam Raimi.
Recentemente a Focus Features, da Universal, criou sua própria divisão especializada, a Rogue, enquanto a Lions Gate assinou contrato para nove filmes com a Twisted Pictures, o selo de horror da Evolution Entertainment.
A enxurrada de novos títulos vai continuar em agosto com o filme de Ian Softley sobre vudu em Nova Orleans "The skeleton key" e a história sobre monstros submarinos "The cave".
Em setembro, haverá "The exorcism of Emily Rose", "A névoa", remake do clássico de John Carpenter "A bruma assassina", e, em dezembro, "Underworld: Evolution", sequência de "Anjos da noite - Underworld".
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