Empresário da noite há mais tempo em atividade em Curitiba, Gilmar Berte preza pela vida no campo, tem hábitos saudáveis e ensina a fórmula para manter o sucesso no ramo.
O que mudou na vida noturna de Curitiba desde que você abriu a Sistema X?
A noite está sempre mudando. O roqueiro ainda gosta de rock, mas no pen drive do som do carro. Com o flashback da discoteca é a mesma coisa. Não podemos parar no tempo. Temos de agradar sim ao pessoal das antigas, mas temos de estar espertos com o que está rolando atualmente.
Qual a principal razão da longevidade da Sistema X?
No campo da música, a casa sempre obedeceu a esta fórmula: flashback, sucesso e novidade. Estamos tocando o que o povo quer ouvir hoje, mas o que virá em 2015 também tem de estar rolando agora na nossa pista. Temos de manter a cabeça aberta para o novo. De resto, é trabalhar sério.
Por que muitas casas noturnas acabam abandonando o ramo?
Porque simplesmente seguem a moda e quando ela passa, a coisa se esvazia por completo. Principalmente as frequentadas pela elite. Duram seis meses, um ano. Eu, como lido com o público "normal", que é meu público alvo, o trabalhador que quer se divertir no fim de semana em um lugar tranquilo, posso manter a casa viva durante este tempo todo.
Você é baladeiro?
Nunca usei drogas. Não bebo e não fumo. Compro bebida de caminhão e não consumo. Meu negócio é trabalhar e depois curtir a vida no campo [ele tem uma fazenda com plantação de soja no Mato Grosso].