A morte de Michael Jackson trará prejuízos financeiros para a indústria de entretenimento, o setor de seguros, o comércio e o turismo no Reino Unido. A imprensa britânica já começa a levantar os números das possíveis perdas decorrentes do falecimento do astro. O maior rombo ficará com a promotora AEG Live, responsável pela organização dos 50 shows previstos em Londres, na O2 Arena, entre 13 de julho deste ano e 6 de março de 2010. Conforme a revista "Reinsurance", a empresa poderá ter de arcar com um prejuízo de até 300 milhões de libras (US$ 495 milhões).
A publicação diz que a AEG Live só teria conseguido fechar seguro para as 10 primeiras apresentações de Jackson, pois as preocupações com a saúde do cantor reduziram a disposição das instituições para garantir a longa turnê. Seguradoras como a Talbot, Brit e a Oxygen Insurance Brokers possuem exposição aos shows, segundo a "Reinsurance".
O "Financial Times" afirma que a causa da morte do astro determinará o montante que a AEG Live conseguirá obter de retorno com o seguro realizado. O jornal britânico calcula que 50 milhões de libras (US$ 82,5 milhões) terão de ser devolvidos aos fãs que compraram os 750 mil ingressos. A empresa ainda não se pronunciou sobre o assunto e informou que fará um anúncio no "momento adequado".
A O2 Arena, pertencente à AEG e com capacidade para 20 mil pessoas, também terá de amargar os lugares vazios nas próximas semanas. A revendedora de ingressos Viagogo, que possuía acordo com a promotora, já informou que irá reembolsar o valor dos ingressos diretamente aos fãs que compraram por esse canal.
Londres também contava com o aquecimento do turismo e do comércio durante os shows, em meio à crise econômica vivida pelo Reino Unido. "A morte de Michael Jackson terá impacto sobre a indústria de turismo de Londres", aponta a empresa britânica Holiday Lettings, ao lembrar que muitos fãs viriam de outras partes do mundo para passar alguns dias na cidade.
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