Com uma adaga dourada na cintura em seu primeiro desfile africano, a top modelNaomi Campbell saiu de trás de um brilhante véu para protestar contra a discriminação das modelos negras no mundo desenvolvido.
"Onde se vê uma mulher de cor em um anúncio publicitário? É bastante evidente", disse a modelo à Reuters em uma entrevista nos bastidores do desfile "Fashion for Relief", um evento beneficente realizado pela primeira vez na África.
"Definitivamente há espaço (para mais modelos negras), mas estão se esforçando o bastante? Estava melhorando, mas retrocedeu este ano", acrescentou.
A modelo britânica desfilou conjuntos extravagantes com contas, plumas de pavão real e colares enormes de estilistas locais, ao lado de aspirantes a modelo de todo o continente, que competem para ser o novo rosto da África.
"As mulheres de cor que tiveram grande experiência de vida precisam compartilhar suas vivências com outras. No mundo não existe só cabelos loiros e olhos azuis. Precisamos compartilhar", disse.
Para Campbell, que visita o Quênia regularmente mas que nunca havia pisado numa passarela na África, o continente tem muito potencial.
"A África é um lugar de tragédia, mas vejo beleza em todos os lados, há tantas mulheres africanas bonitas", disse.
As verbas do evento de moda em Dar es Salaam, onde o vestido usado por Naomi foi arrematado por 10.000 dólares, destinam-se a apoiar a saúde das mães africanas.
Naomi é embaixadora da White Ribbon Alliance, uma coalizão internacional para a saúde materna que este ano está fazendo sua reunião anual na Tanzânia, onde uma mulher no parto a cada quatro horas.
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