Joe Jackson, pai de Michael Jackson, conversa com a imprensa na casa em Encino, Califórnia: "Michael tomou remédios para ajudá-lo a relaxar e não acordou mais"| Foto: Lucy Nicholson / Reuters

O pai de Michael Jackson disse nesta sexta-feira (10) que suspeita de ação criminal na morte do cantor, acrescentando que seu filho aparentemente tomou remédios para ajudá-lo a relaxar e "não acordou mais".

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Joe Jackson, 79 anos, disse à ABC News em entrevista que foi ao ar na sexta que ficou estarrecido quando soube que seu filho de 50 anos tinha desmaiado em sua casa e estava sendo levado às pressas ao hospital, duas semanas atrás.

"Não consegui acreditar no que estava acontecendo com Michael. Acredito que tenha sido crime", disse ele, sem dar maiores detalhes.

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Indagado o que sabia sobre os medicamentos fortes, vendidos com receita médica, que teriam sido encontrados na casa de Jackson após sua morte, em 25 de junho, Joe Jackson disse:

"Eu não sabia nada sobre os remédios. Nem sabia os nomes deles. Mas sei que, seja lá o que for que ele tomou, tomou para descansar. Ele vinha trabalhando muito duro, e esse remédio supostamente o ajudaria a relaxar". E acrescentou: "Mas ele não acordou. Nunca mais acordou. Michael morreu dormindo."

Médicos intimados

Ainda são aguardados os resultados dos exames toxicológicos que devem revelar a causa oficial da morte de Jackson, mas segundo vários órgãos de mídia, o sedativo forte Diprivan, normalmente usado por anestesistas em hospitais, foi encontrado em sua casa em Los Angeles.

No dia antes de sua parada cardíaca súbita, Jackson estivera ensaiando em Los Angeles para uma série de concertos que iriam começar em julho, em Londres, com o objetivo de reativar sua carreira, depois de um julgamento em 2005 por abuso sexual infantil, no qual foi inocentado das acusações.

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O "Los Angeles Times" divulgou nesta quinta-feira que o instituto médico legal intimou vários médicos que já trataram de Jackson, incluindo o dermatologista Arnold Klein, a entregar os registros médicos do cantor. Klein nega que tenha receitado doses excessivas de medicamentos a Jackson.

Guarda dos netos Joe Jackson disse que acha que os três filhos de Michael - Prince Michael Jr, 12 anos, Paris, 11, e Prince Michael II, 7 - também conhecido como Blanket -, poderão um dia seguir a mesma carreira que seu pai.

"Fico observando Paris", disse ele. "Ela quer fazer alguma coisa. Pelo que vejo, Blanket realmente sabe dançar", acrescentou ele.

As crianças estão sendo cuidadas pela mãe de Michael Jackson, Katherine, e na próxima semana haverá uma audiência judicial em Los Angeles sobre a guarda.

Ainda não foram anunciados os planos para o sepultamento do corpo de Michael Jackson.

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