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Rogério Duarte desenhou capas de discos e compôs músicas | Natália Reis/Divulgação
Rogério Duarte desenhou capas de discos e compôs músicas| Foto: Natália Reis/Divulgação

Autor de algumas das estéticas visuais mais conhecidas da cultura brasileira, o artista gráfico e músico baiano Rogério Duarte morreu na noite desta quarta-feira (13), aos 77 anos. Ele estava internado no hospital Santa Lúcia, em Brasília. A causa da morte não foi divulgada.

Associado aos maiores movimentos culturais dos anos 1960, Duarte passou a ser reconhecido como um dos mentores intelectuais da Tropicália no final da década. Criou a estética do movimento, além de compor musicas com Gilberto Gil e Caetano Veloso.

O artista desenhou capas de discos para alguns dos mais importantes nomes da música brasileira - além de Gil e Caetano, Gal Costa, João Gilberto e Jorge Ben.

Também criou cartazes para filmes do amigo Glauber Rocha. É sua a icônica imagem do cangaceiro de “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964). Para “A Idade da Terra” (1980), além de criar o cartaz, ajudou a compor a trilha sonora.

Nascido em Ubaíra, cidade do centro-sul baiano, Duarte mudou-se nos anos 60 para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como diretor de arte da UNE (União Nacional dos Estudantes) e da editora Vozes.

Com o irmão, Ronaldo, foi sequestrado por militares e torturado ao longo de dez dias em 1968, em um caso que mobilizou artistas e a imprensa da época.

Em 2003, lançou o livro “Tropicaos”, em que fala da prisão e tortura e de sua vivência no movimento tropicalista.

Informações sobre o velório e sepultamento de Rogério Duarte ainda não foram divulgadas.

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