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As mortes da princesa Diana e de seu namorado Dodi Al Fayed, numa colisão de carro em 1997, um dos fatos mais investigados dos últimos tempos, serão novamente remexidas a partir de segunda-feira, quando será retomado um inquérito na Grã-Bretanha, após três anos de interrupção.

Há três semanas, uma longa investigação policial determinou que a colisão foi acidental, e não resultado de um elaborado complô. Na França, dois anos de investigações resultaram na mesma conclusão.

Diana, que tinha 36 anos, Fayed e seu motorista, Henri Paul, morreram no choque de sua Mercedes com o pilar de um túnel parisiense. O carro estava em alta velocidade, fugindo de fotógrafos que perseguiam o casal desde o hotel Ritz.

Quase dez anos se passaram, tempo suficiente para o surgimento de inúmeras teorias conspiratórias sugerindo que o casal foi morto porque seu relacionamento era constrangedor para a família real britânica - ela era divorciada de Charles, príncipe herdeiro do trono britânico.

O inquérito judicial britânico começou em 2004, mas foi imediatamente suspenso pelo então legista real Michael Burgess, para permitir que a polícia investigasse as acusações de que haveria um complô da família real. É a investigação que terminou em dezembro, após três anos, concluindo que realmente havia sido um acidente, porque o motorista havia bebido.

O inquérito policial também negou que Diana estivesse grávida ou que pretendesse ficar noiva de Fayed. "Com base nas evidências disponíveis agora, não houve conspiração para assassinar qualquer dos ocupantes daquele carro, foi um trágico acidente", disse o policial responsável pelo inquérito, John Stevens.

Pela lei britânica, o inquérito judicial é obrigatório em casos de morte não-natural. Embora esse procedimento não possa apontar culpados, pode determinar se a morte foi provocada por violência ou acidente.

O inquérito judicial já havia despertado polêmica quando Elizabeth Butler-Sloss, nova juíza responsável pelo caso, decidiu que as audiências iniciais seriam sigilosas. Mudou de idéia diante das críticas do pai de Fayed Mohmed, dono da loja de departamentos londrina Harrods e um dos principais defensores das teorias conspiratórias.

As audiências preliminares vão decidir se o inquérito sobre as mortes de Diana e Fayed serão feitos juntos, se deve haver um júri e quem fará parte.

Mohamed Fayed diz que só vai aceitar um inquérito totalmente aberto ao público. "Nunca aceitarei esse acobertamento do que realmente aconteceu", disse ele após o relatório policial, que qualificou de "lixo".

"Por nove anos, lutei contra avassaladoras probabilidades e monstruosas obstruções oficiais. Não vou parar agora na minha busca pela verdade."

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