Leia trecho do poema que inspirou a peça e que hoje abre a montagem de Rumo à Terra:

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"Por mim passam muitas vozes mudas há tanto tempo,Vozes das intermináveis gerações de prisioneiros e escravos,Vozes dos doentes e desesperados e dos larápios e anões,Vozes dos ciclos de preparação e crescimento,

E dos fios que conectam as estrelas – e do útero e do sêmen paterno,E dos direitos dos que são oprimidos pelos outros,Dos deformados e insignificantes e chatos e imbecis e desprezados,Da neblina no ar e besouros rolando bolas de estrume.

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Por mim passam vozes proibidas,Vozes dos sexos e luxúrias. . . vozes veladas, e eu removo o véu,Vozes indecentes esclarecidas e transformadas por mim.Não cruzo meus dedos sobre a boca."