Jaime Lerner, então prefeito de Curitiba, assistiu a um show do grupo Choro e Seresta em 1973, no Teatro do Paiol. Gostou. Chamou o flautista Alvino Carbonar Tortato num canto e pediu para que o conjunto, do qual Moacyr de Azevedo também foi fundador, tocasse em uma “feirinha hippie” que estava de mudança para a Praça Garibaldi. Assim nasceu a roda de choro mais famosa da cidade, que desde então bate ponto na feirinha do Largo entre as 11 horas e o meio-dia de domingo.
Sr. Chorinho completa 90 anos
Fundador do grupo Choro e Seresta, Moacyr de Azevedo relembra a “época de ouro” e joga escopa para driblar o tempo
Leia a matéria completaLucas Melo (violão sete cordas), Clayton Rodrigues Silva (flauta), Wilson Tadeu Serra Moreira (bandolim) e João Luis Rodrigues (pandeiro) só não dão as caras quando chove. “Na verdade somos cinco. ‘Seu’ Moacyr sempre está conosco”, diz o pandeirista, no grupo desde 1992. O Choro e Seresta recebe um cachê mensal da Fundação Cultural de Curitiba, repassado inteiramente a Moacyr de Azevedo. Se há 40 anos “Vou Andando” (Pixinguinha) e “Flor Amorosa” (Joaquim Callado e Catulo da Paixão Cearense) eram executadas na raça por músicos autodidatas, hoje “Carinhos” (Nilo dos Santos) e “Entre Amigos” (Raul Silva), debulham partituras em instrumentos tocados por gente com diploma de música e tudo o mais. “São outros tempos”, confirma Rodrigues. O choro persiste.
Deixe sua opinião