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Primeira imperatriz-consorte do Brasil, Leopoldina de Harsburgo ficou sempre na sombra do marido, Dom Pedro: até então, tinha sido retratada apenas como a mulher de fé católica que “superou” um casamento repleto de infidelidades. Apenas o plano pessoal vinha à tona, numa visão limitada e machista,afinal, Leopoldina teve um papel decisivo na política brasileira.

E é isso que o escritor argentino Marsilio Cassotti quis mudar quando decidiu escrever “A Biografia Íntima de Leopoldina” (Editora Planeta), que será lançada no sábado (13), às 15 horas, na Livrarias Curitiba do Park Shopping Barigui, com presença do autor. Como editor, Marsilio fez livros sobre as mulheres da Casa de Hasburgo e Carlota Joaquina.

No livro, são colocados todos os âmbitos da vida da mulher que foi uma rara protagonista política em seu tempo, histórias que apareceram pela minuciosa análise que autor realizou nas cartas pessoais da imperatriz. “Com base na cronologia dessas cartas, que Leopoldina escreveu da sua infância até a morte, elaborei a biografia, começando pela Áustria, passando pela Itália até chegar ao Brasil, para onde dedico uma boa parte da obra”, conta o autor.

Por exemplo: no livro, é possível saber que Leopoldina foi quem assinou o documento de independência do Brasil em 1822 – era ela quem regia o país temporariamente naquele momento. Além de muitas outras ações fundamentais que resultaram na independência do país.

Lançamento “A Biografia Íntima de Leopoldina”

Livrarias Curitiba – Park Shopping Barigui (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300 – Ecoville), (41) 3330-5185. Sábado (13), às 15 horas, com presença do autor Marsilio Cassotti. Entrada franca. O livro custa R$ 39,90.

“Leopoldina foi um personagem histórico de grande sutileza, algo que não é fácil de compreender quando não se é sutil”, ressalta Marsilio, que problematiza o fato de os historiadores que tratam do tema da independência do Brasil terem dificuldade de reconhecer as ações de Leopoldina. “Em sua maioria, são homens que têm uma visão masculina da história. Lhes custa entender que uma tarefa tão grande pode ter a participação importante de uma mulher”.

Fora o preconceito de gênero, o autor acredita que o desconhecimento da figura da imperatriz ocorreu também por uma “ideologia educacional que vê tudo relacionado com a coroa real como um atentado aos valores democráticos”. “Isso impediu de crer que muitas pessoas coroadas também podiam ser patriotas em benefício do Brasil.”

País

Sua chegada ao Brasil, segundo o autor, foi um marco, pois lhe impôs vários desafios pessoais e políticos. “Ela soube utilizar os sofrimentos e desilusões não só para ter um controle racional de suas paixões, mas sim para se transformar em uma pessoa de grande valor. Ela foi uma mulher forte, com muita inteligência no jogo político”, fala Marsilio.

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