Detalhe da capa de “Flash Gordon no Planeta Mongo”.| Foto: Reprodução

Ao lado de Super-Homem, Batman e Tarzan, também famosos nos quadrinhos na década de 1930, Flash Gordon atravessou gerações a ponto de ser conhecido hoje até por quem nunca leu um gibi protagonizado pelo personagem.

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Das tiras nos jornais, passou para cinema, televisão, desenho animado, games e brinquedos, como sinônimo de galante herói espacial.

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O personagem é tão bom que sobreviveu até a adaptações medíocres, como o longa-metragem de 1980, com o pavoroso ator Sam S. Jones no papel do herói, um filme mais lembrado pela trilha sonora do grupo de rock Queen.

“Flash Gordon no Planeta Mongo” é um álbum de luxo que chega às livrarias brasileiras com as páginas dominicais publicadas nos jornais americanos entre 7 de janeiro de 1934 e 18 de abril de 1937.

O volume faz parte de uma coleção de quatro, editada nos Estados Unidos pela Titan Books. Sai no Brasil pelo selo Pixel Media, da Ediouro. Os outros devem também ser publicados pela editora, ainda sem uma previsão de data.

Todo o charme da HQ já está claro nesse volume, que concentra as aventuras de Flash no planeta Mongo.

O herói vaga pelos reinos do planeta, entre florestas escaldantes, planícies geladas, monstros que parecem animais pré-históricos, cidades submarinas e homens alados.

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Megavilão
 

Mas nada oferece maior perigo a Flash do que Ming, o Impiedoso, o megavilão de Mongo. A seu lado, o herói conta com a corajosa namorada, Dale Arden, e o cientista Hans Zarkov, responsável por levar o trio ao espaço.

Apesar de ter se transformado em ícone de herói em viagens interplanetárias, Flash Gordon foi uma encomenda endereçada ao roteirista e desenhista Alex Raymond (1909-1946) para competir com outro astronauta, Buck Rogers.

Criado em 1928, com suas aventuras ambientadas no século 25, Buck Rogers alcançou grande sucesso nos gibis, passando também aos seriados de cinema, mas foi superado pela popularidade do rival.

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“Flash Gordon no Planeta Mongo”

Alex Raymond. Pixel Media, 208 pp., R$ 89,80.

Curiosamente, o ator e medalhista olímpico de natação Buster Crabbe (1908-1983)interpretou no cinema os dois heróis --além de também fazer Tarzan num filme de 1933.

O que fica claro no volume recém-lançado é a importância de Raymond para o sucesso do personagem. Ao lado de Hal Foster (1892-1982), criador do “Príncipe Valente”, ele trouxe para os quadrinhos o traço detalhista das edições ilustradas de livros de aventuras populares no século 19.

“Flash Gordon no Planeta Mongo” é essencial. Como marco histórico da HQ e como uma pérola do escapismo.