Um dos maiores críticos literários em atividade no país foi o ganhador do Prêmio Oceanos 2015, primeira edição do troféu literário depois que ele deixou de se chamar Portugal Telecom.
Silviano Santiago teve seu romance “Mil Rosas Roubadas” (Companhia das Letras) eleito o melhor livro do ano. O anúncio foi feito na noite desta terça (8), em cerimônia no Auditório Ibirapuera. Como prêmio, o autor levará R$ 100 mil.
O segundo lugar ficou com “Por Escrito” (Companhia das Letras), de Elvira Vigna. Os demais ganhadores foram, respectivamente: Alberto Mussa, por “A Primeira História do Mundo” (Record), e Glauco Mattoso, por “Saccola de Feira” (NVersos).
Eles receberão, nessa ordem, R$ 60 mil, R$ 40 mil e R$ 30 mil.
No romance premiado com a primeira colocação, Silviano Santiago experimenta com o gênero biográfico ao contar a história e lidar com a perda do produtor musical Ezequiel Neves, morto em 2010, de quem foi amigo íntimo. O produtor era conhecido por ter descoberto Cazuza.
“Por Escrito”, de Elvira Vigna, por sua vez, traz uma narrativa não linear conduzida pela protagonista, que tem como interlocutor o amante.
Já “A Primeira História do Mundo”, de Alberto Mussa, faz parte da série de livros em que o escritor conta a história do Rio de Janeiro por meio de seus crimes. O romance trata do primeiro registro formal de um assassinato no país.
“Saccola de Feira”, por sua vez, é uma coletânea de sonetos de Glauco Mattoso, com temas variados, indo da infância ao sexo.
Ano passado, quando se chamava Portugal Telecom, o prêmio literário correu o risco de acabar, quando a empresa de mesmo nome foi vendida para uma telefônica francesa.
Diferentemente dos outros anos, desta vez a curadoria e o júri do prêmio não dividiram os livros em categorias.
Elvira Vigna foi o segundo lugar, com “Por Escrito” (Companhia das Letras). O terceiro colocado foi Alberto Mussa, com “A Primeira História do Mundo” (Record). Glauco Mattoso ficou com o quarto lugar, com “Saccola de Feira” (NVersos)
2016
A partir de 2016, o Prêmio Oceanos vai expandir seu escopo e se tornar uma espécie de Man Booker Prize da língua portuguesa.
O troféu literário passará a ter entre os concorrentes livros publicados em qualquer lugar do mundo publicado em português. O anúncio foi feito na noite desta terça-feira (8), por Selma Caetano, curadora do Oceanos.
“Está na hora de a literatura em português ultrapassar as fronteiras de seu próprios países”, disse ela.
Para ter livros de outros países, a organização do prêmio reuniu um conselho de críticos literários.
No time, estão Antônio Carlos Secchin, Beatriz Resende, Flora Süssekind, Manuel da Costa Pinto, Leyla Perrone-Moisés, José Castello, Lourival Holanda.
A partir desta quarta-feira (9) o conselho já se reúne para começar a viabilizar o prêmio de 2016.