O médico Charles Miller, que cuidou de Lou Reed e realizou um transplante de fígado no cantor, afirmou ao jornal "The New York Times" que o músico decidiu retornar para a sua casa em Nova York após saber que os médicos não poderiam mais ajudá-lo. O músico norte-americano Lou Reed morreu no domingo (27), aos 71 anos.
Após passar pelo transplante, em abril deste ano, Reed afirmou em um comunicado: "Sou um triunfo da medicina moderna. Estou mais forte do que nunca". Ele, porém, voltou à Cleveland Clinic, em Ohio (EUA), na semana passada, para tratamento.
"Nós concordamos que fizemos tudo que podíamos", disse o Miller ao "NYT".Ao saber que não havia mais o que fazer, Reed decidiu deixar a clínica e voltar para Nova York.
Apesar do transplante recente, Lou Reed estava sóbrio desde a década de 1980 e tinha adquirido novos hábitos - era, por exemplo, um praticante regular de tai chi.Ele morreu na manhã de ontem, aos 71 anos.
Andrew Wylie, seu agente literário, afirmou à agência de notícias Associated Press que o músico morreu de complicações da cirurgia.
Recentemente, Reed tinha ajudado a promover um livro de fotos de Mick Rok que registrou ele e outras lendas da música.Nascido no Brooklyn e criado em Long Island, ele fundou a banda Velvet Underground. O álbum de estreia, "The Velvet Underground & Nico" de 1967, com capa de Andy Warhol, se tornou um ícone.
Após deixar a banda no começo dos anos 1970, Reed se lançou em carreira solo e gravou os álbuns "Transformer" (1972), "Berlim" (1973), "Metal Machine Music" (1975) e "New York" (1989), entre outros e se tornou um dos mais influentes músicos do rock.
O músico era casado desde 2008 com a também artista Laurie Anderson, sua companheira de muitos anos.Amante da meditação, Reed gravou em 2007 seu último álbum solo, "Hudson River Wind Meditations", de música ambiental.Seu último trabalho foi "Lulu", de 2011, em parceria com o Metallica.
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