Lázaro Ramos e Pedro Fonda em cena de "O Cobrador"| Foto: Divulgação/Festival de Cinema de Gramado

O baterista Max Roach, que ajudou a revolucionar o jazz ao criar o rapidíssimo estilo bebop ao lado de figuras como Charlie Parker, Dizzy Gillespie e Clifford Brown, morreu aos 83 anos, informou a gravadora Blue Note na quinta-feira (16).

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A Blue Note não citou a causa da morte de Roach, que faleceu na quarta-feira, em Nova York, enquanto dormia.

O baterista assegurou seu lugar no panteão do jazz ao redefinir o papel da percussão nesse gênero, durante a ascensão do bebop no fim dos anos 1940 e começo dos 50.

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Antes do bebop, o jazz era primariamente uma música de "swing", tocada em salões de baile, e os bateristas serviam apenas para marcar o tempo para a banda, conforme lembrou Cem Kurosman, assessor de imprensa da Blue Note.

Roach mudou isso ao deixar a cargo dos pratos a função de marcar o tempo, permitindo que os tambores assumissem tarefas mais expressivas e importantes. Nesse processo, contribuiu para a transformação do jazz de uma música popular dançante para uma forma de arte que costuma ser apreciada por fãs sentados, em clubes, segundo Kurosman.

O baterista também foi um ativista dos direitos civis e, como tal, levou a política para dentro da música. Em 1960, ele criou "We Insist! Max Roach's Freedom Now Suite", uma peça em sete partes, com a participação da cantora Abbey Lincoln, que falava da escravidão e do racismo nos EUA.

O quinteto que ele ajudou a fundar em 1954 com Clifford Brown é considerado uma das formações mais clássicas do jazz. Após a morte de Brown, num acidente de carro junto com o colega de banda Richie Powell, em 1956, Roach teve suas próprias formações, que incluíam grandes estrelas do jazz. Ele também gravou com a filha, Maxine, violinista de jazz.

Roach participou de várias gravações antológicas do bebop, acompanhando Parker, Gillespie, Miles Davis e os pianistas Bud Powell e Thelonius Monk.

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