O diretor artístico da Ópera Metropolitana (Met) de Nova York, James Levine, deixará seu posto por razões de saúde, após trabalhar 40 anos na instituição com a qual contribuiu amplamente para a fama mundial que tem hoje.
A Met informou em um comunicado, publicado na quinta-feira (14), que encontra-se atualmente em busca de um sucessor para Levine, que se transformará no primeiro diretor artístico emérito da história da instituição.
Problemas
O afastamento de Levine era um tema recorrente há vários meses.
Com 72 anos, ele sofre de mal de Parkinson e teve problemas de saúde desde uma queda no palco em 2006 que lhe custou uma operação no ombro.
Depois fez cirurgias na coluna e nos rins, o que o forçou a perder várias funções.
Vítima de uma queda durante suas férias e lesões nas vértebras, se ausentou de duas temporadas consecutivas da Met, em 2011-2012 e 2012-2013.
Segundo o jornal The New York Times, Levine entrou em acordo com o gerente geral da Ópera, Peter Gelb, para anunciar sua aposentadoria em janeiro passado, embora depois tenha mudado de decisão.
Legado
A partida de Levine marca o fim de uma época na Met, já que o maestro era diretor artístico da ópera desde 1976.
Levine assumiu o posto aos 32 anos, no momento no qual a ópera nova-iorquina atravessava dificuldades financeiras e não tinha uma boa reputação musical.
Obcecado pelo trabalho, a transformou em uma das óperas mais reconhecidas do mundo, introduzindo no repertório um grande número de obras do século 20 que até então não tinham lugar.
Atualmente, a Met é uma referência musical também pela audácia de suas encenações.
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