Taylor Swift foi a primeira e a última premiada na 58ª edição dos prêmios Grammy, o maior da indústria musical. Além das 6 milhões de cópias vendidas, o disco “1989” agora também coleciona três troféus da Academia fonográfica.
O primeiro deles veio cedo, na parte não televisionada da cerimônia, por melhor álbum pop. A noite ainda reservou os prêmios de melhor videoclipe (“Bad Blood”) e álbum do ano, que fechou com chave de ouro a noite da queridinha do pop. Com isso, Taylor se torna a primeira mulher a vencer duas vezes na categoria -a primeira foi em 2010, por “Fearless”.
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Leia a matéria completa“Queria dizer a todas as jovens mulheres por aí que algumas pessoas ao longo do caminho tentarão sabotar seu sucesso ou ganhar crédito por suas conquistas e sua fama”, declarou. “Mas se vocês focarem no trabalho e não deixarem essas pessoas sabotá-las, um dia chegarão onde querem, e saberão que as pessoas que as amam as colocaram lá.”
Quem não gostou foi a torcida de Kendrick Lamar. O rapper liderava em número de indicações, com 11, mas ficou com “apenas” cinco gramofones de ouro - e perdeu nas principais categorias, álbum e gravação do ano. Lamar, no entanto, fez a performance mais poderosa da noite, vestido de presidiário e dançando ao redor de uma fogueira em “The Blacker the Berry” e “Alright”, aplaudidas de pé.
Ed Sheeran também tirou uma lasca, levando para casa o prêmio de melhor apresentação pop e surpreendendo com a canção do ano. A entrega do prêmio rendeu o momento mais engraçado da noite, com Stevie Wonder lendo o vencedor em braile e brincando com a plateia, que não sabia o que estava escrito. Meghan Trainor, de “All About That Bass”, foi eleita revelação.
Bruno Mars e Mark Ronson também receberam o importante prêmio pelo sucesso “Uptown Funk”.
Representando o Brasil, a pianista Eliane Elias foi laureada com o gramofone de ouro de melhor álbum de jazz latino, por “Made in Brazil”. Gilberto Gil estava indicado a melhor álbum estrangeiro, mas perdeu para Angelique Kidjo, do Benin.
Lady Gaga emprestou seu lado camaleão para encarnar David Bowie (1947-2016). A diva do pop se ateve aos clássicos do ícone do rock em pot-pourri com “Space Oddity”, “Changes”, “Ziggy Stardust”, “Suffragette City”, “Rebel, Rebel”, “Fashion”, “Fame”, “Let’s Dance” e “Heroes”. Ela foi acompanhada pelo guitarrista e produtor Nile Rodgers, que produziu o álbum “Let’s Dance”.
Bonnie Raitt, Chris Stapleton e Gary Clark Jr. cantaram “The Thrill is Gone”, clássico de B.B. King, morto em maio de 2015. Lemmy Kilmister, vocalista do Motörhead morto em dezembro, foi lembrado pelo Hollywood Vampires de Alice Cooper e Johnny Depp, que cantou “Ace of Spades”.
Maurice White, do Earth, Wind & Fire, foi celebrado por Stevie Wonder, acompanhado pelo grupo Pentatonix, com o qual apresentou “That’s the Way of the World”. Glenn Frey, do Eagles, foi homenageado pelos membros restantes da banda.
Quem se deu bem foi Lionel Richie, que não precisou morrer para ter seus maiores sucessos cantados por Demi Lovato, Meghan Trainor, Luke Bryan e John Legend no palco do Staples Center.
Veja os principais vencedores
Taylor Swift, “1989”
Mark Ronson e Bruno Mars, “Uptown Funk”
Ed Sheeran, “Thinking Out Loud”
Meghan Trainor
Taylor Swift, “1989”
Skrillex, Diplo e Justin Bieber, “Where Are Ü Now”
Skrillex e Diplo, “Skrillex and Diplo Present Jack Ü*
Alabama Shakes, “Don’t Wanna Fight”
Muse, “Drones”
Alabama Shakes, “Sound & Color”
D’Angelo, “Really Love”
The Weeknd, “Beauty Behind the Madness”
D’Angelo and the Vanguard, “Black Messiah”
Kendrick Lamar, “Alright”
Kendrick Lamar, “To Pimp a Butterfly”
Little Big Town, “Girl Crush”
Chris Stapleton, “Traveller”
Eliane Elias, “Made in Brazil”