Regência é do maestro titular da OSP, Stefan Geiger.| Foto: Fernando Castro/Divulgação

“Der Freischütz”, obra-prima de Carl Maria von Weber (1786-1826) e uma das mais importantes da ópera alemã, será apresentada na íntegra pela Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) neste sábado (12), domingo (13) e segunda-feira (14), no Guairão.

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O grupo divide o palco com oito solistas e um coro de 60 vozes para executar a peça. A ópera será apresentada sem encenação, com as falas originais substituídas por uma narração traduzida para o português e árias acompanhadas por legendas. A regência é do maestro titular da OSP, Stefan Geiger.

Ineditismo

Animado com a oportunidade de apresentar um marco da história musical de seu país, o regente alemão ficou especialmente entusiasmado ao descobrir que a equipe técnica da orquestra não encontrou registros de uma execução completa da obra no Brasil. A OSP está considerando o concerto a primeira apresentação integral da ópera por aqui – quase dois séculos depois da estreia original, em 1821. “É o nosso maior projeto do ano”, comemora Geiger.

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Festival

A apresentação de “Der Freischütz” foi integrada à programação da segunda edição Festival de Ópera do Paraná, que promove seminários, cursos, récitas e concertos. Entre os destaques está a ópera “Papílio Innocentia” (1915), de Leo Kessler, que será apresentada pela primeira vez no Guairinha, em 27 de novembro. A programação completa pode ser conferida no Guia Gazeta do Povo.

O maestro explicou que “Der Freischütz” (em português, “O Franco-atirador”) é considerada a primeira ópera nacional da Alemanha, e que Weber foi uma influência fundamental para compositores como Wagner.

“Nesta época, era muito comum ouvir compositores italianos como Rossini e Verdi. Ainda não havia uma ópera alemã, escrita em alemão e com temática alemã”, conta Geiger, explicando que a peça incorpora elementos importantes do folclore germânico – como a floresta em que parte da narrativa acontece.

Franco-atirador

“Der Freischütz” – OSP

Com Stefan Geiger (regência), Ricardo Castro (tenor), Luciana Melamed (soprano), Marcelo Dias (baixo), Ana Paula Machado (soprano), Norbert Steidl (barítono alto), Bruno Spadoni (baixo), Lester Baldini (barítono) e Coral Masculino Ottava Bassa.

Guairão (R. Conselheiro Laurindo, s/nº – Centro), (41) 3304-7982. Dia 12, às 20; dia 13, às 18h; e dia 14, às 20h. R$20 e R$10 (meia-entrada). Assinantes da Gazeta do Povo têm desconto de 50% na compra de dois ingressos.

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Baseada em um conto escrito em 1811 por Johann Apel (1771-1816), “Freischütz” é a história do jovem caçador Max (Ricardo Castro, tenor) que, para poder suceder o chefe Cuno (Marcelo Dias, baixo) e se casar com a filha dele, Ágata (Luciana Melamed, soprano), precisa vencer uma competição de tiro. Ele acaba sendo convencido pelo caçador Kaspar (Axel Wolloscheck, barítono) a fazer um pacto com o demônio da floresta, Samiel (César Almeida, o narrador).

Este é o componente mágico da peça, que, segundo Geiger, pode ser bem sombria nestas passagens da floresta, que incluem um coro de fantasmas. “Há partes em que você fica realmente assustado, como num bom filme de terror – mesmo a peça tendo quase 200 anos”, brinca o regente.

A última ópera apresentada pela OSP foi “Carmen”, de George Bizet, em 2009.

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