Todas as 27 faixas do CD foram remasterizadas. O exercício apreciativo-cronológico de se ouvir o disco do começo ao fim é uma visita guiada à banda, que pode ser definida em três fases: a popular radiofônica (“Love me Do” a “Help”); a experimental-inspirada (“Day Tripper” a “All You Need Is Love”); e a resignada (“Hello, Goodbye” a “The Long and Winding Road”).
Com as melhorias técnicas (e um bom fone de ouvido), são mais perceptíveis, por exemplo, o tom agridoce da voz de Paul em “We Can Work it Out”, a perfeição melódica dos complexos backing vocals no refrão de “Yellow Submarine” (John faz um contraponto incrível e fundamental), o baixo gordo e imponente em “Hey Jude”, o som havaianamente stacatto da guitarra de John em “The Ballad of John and Yoko” e o poder sincero de “Something”, que além de ter inaugurado a era “Ouro Verde” das rádios do mundo, provou que música lenta não precisa ser chata.
“1”, lançado em 2000, foi o disco mais vendido da primeira década do século 21. “Beatles +1” deve trilhar o mesmo caminho. Porque se trata de uma banda que acabou, mas não terminou. É espremer que tem mais.
- Coletânea de sucessos dos Beatles é relançada com novidades
-
Sanções de Trump contra Moraes seriam possíveis, mas pouco prováveis
-
Pressão popular faz esquerda recuar nos EUA e no Brasil; acompanhe o Sem Rodeios
-
Kamala Harris já foi classificada como a representante mais esquerdista do Senado
-
A onda "Taxad": quais impostos subiram desde o início do governo Lula e o que mais vem aí