Aos 81 anos, Pierre Boulez é uma espécie de patrimônio da música erudita. É um dos últimos integrantes vivos de uma geração que causou as últimas grandes revoluções no gênero, como o serialismo integral, a música eletro-acústica e a música aleatória, por exemplo. A maior parte de seus pares já morreu, caso de Witold Lutoslawksi, György Ligeti, Luciano Berio, Luigi Nono e John Cage. Boulez, no entanto, continua ativo.
Além de trabalho como compositor, que deu origem a peças fundamentais do século 20, como Le Marteau sans Maitre, ele tem papel de grande relevância como regente e como teórico de música. Fundou dois grupos importantes para a execução e pesquisa de música: o Ensemble Intercontemporain, dedicado a tocar música moderna, e o Ircam, instituto mantido pelo governo francês e dedicado à pesquisa de novas formas musicais.
Sua criação mais radical foi o serialismo integral. A geração anterior à dele, principalmente na Áustria, havia inventado um sistema de composição em que o tom não era mais importante. Ao invés de usar só as notas de uma escala, todas as doze notas possíveis deveriam se alternar. Boulez levou a experiência ao extremo. O volume das notas também deveria se alternar, assim como os instrumentos deveriam se revezar na execução, e assim por diante. Tudo na música deveria seguir "séries". A música resultante do processo foi importante, mas nunca agradou as platéias.
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