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O Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, abre para o público a exposição Di Cavalcanti: Cronista de seu tempo, na quarta-feira (28). São 100 desenhos produzidos pelo artista modernista entre 1921 e 1964. As obras espelham temas recorrentes de Di Cavalcanti, como caricaturas, cenas da vida noturna, carnaval, crítica social, retratos, cenas parisienses, tipos populares, figuras femininas, ilustrações e painéis para cenários de teatro –, além de trazer um pouco do dia-a-dia da época vivida por ele.

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A exposição é um dos destaques da programação 2007 do Circuito Cultural Banco do Brasil (veja a programação completa). As obras poderão ser vistas até 27 de janeiro de 2008. A entrada será franca até 9 de dezembro. Neste período, o público poderá contribuir doando dois quilos de alimentos não-perecíveis, que serão destinados a instituições sociais da região. A mostra tem a curadoria de Fábio Magalhães. É a primeira vez que as obras, cedidas pelo acervo do Museu de Arte Contemporânea da USP, circulam pelo país. A mostra já passou pelas cidades de Porto Alegre, Belo Horizonte, Ribeirão Preto, Recife, Belém e Fortaleza.

O modernista Di Cavalcanti

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Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Mello ou Di Cavalcanti é um dos mais importantes nomes do modernismo brasileiro. Um dos articuladores da Semana da Arte Moderna nasceu no Rio de Janeiro em 6 de setembro de 1897 e faleceu, na mesma cidade, em 26 de outubro de 1976.

O desenho foi atividade ininterrupta na vida do artista. Desde os primeiros traços, em 1914, desenhar ou pintar foi a forma que ele encontrou para estabelecer relações com as pessoas, com a vida, com o seu tempo. Por isso, muitos de seus desenhos foram feitos nos bares, nos prostíbulos e nas ruas.

Artista de traço rápido e econômico, através de suas ilustrações, caricaturas e charges, Di Cavalcanti criticou, de modo bem-humorado, mas com ironia, os valores de uma burguesia urbana (carioca e paulista) que procurava imitar hábitos parisienses. Seu desenho sublinhou as enormes diferenças existentes entre o modo de vida da elite e do povo brasileiro. O olhar sensual, a abordagem cordial, a preferência por tipos mestiços fazem de Di Cavalcanti o "pintor mais brasileiro dos artistas", como afirmou o crítico Mário Pedrosa.

Serviço: Exposição Di Cavalcanti: Cronista de seu tempo. De 28 de novembro a 27 de janeiro de 2008, de terça a domingo das 10h às 18h. Ingressos a R$ 4,00 adultos e R$ 2,00 estudantes. (Não pagam crianças de até 12 anos, maiores de 60 anos e grupos agendados de estudantes de escolas públicas, do ensino médio e fundamental). A entrada será gratuita até 9 de dezembro. Museu Oscar Niemeyer (Rua Marechal Hermes, 999, Centro Cívico). Telefone (41) 3350-4400.

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