O pai do menino malauiano adotado por Madonna quer saber notícias do filho, afirmou um jornal nesta terça-feira.
- Não tenho o telefone nem o endereço dela. Só quero descobrir como vai meu filho, mas não sei como - disse Yohane Banda ao jornal Daily Times, do Malauí - Só falei com ela uma vez, na Alta Corte, e quero falar com ela agora para saber do meu filho.
O pai de David Banda, de um ano, deu as declarações depois que o jornal entregou a ele um cheque de quase US$ 800 enviado pela freira escocesa Christine Webster. Para a religiosa, o menino deveria ter ficado no Malauí.
A adoção do menino por Madonna ocupou manchetes dos jornais no mundo todo, e alguns grupos de defesa dos direitos humanos questionaram se a cantora usou seu poder para burlar as leis que regulamentam a adoção de malauianos por estrangeiros.
Madonna assinou os papéis provisórios de adoção quando ela e o marido, o cineasta Guy Ritchie, estiveram no país em outubro, numa missão para ajudar os órfãos do Malauí.
Segundo a decisão provisória, a criança ficaria com Madonna por um ano e meio, e durante esse período a família seria monitorada por autoridades malauianas, para que seja emitida uma aprovação formal para a adoção.
A ordem da Alta Corte irritou grupos ativistas, que a consideraram ilegal e recorreram judicialmente.
Desde então, o tribunal garantiu aos grupos o direito de participar dos procedimentos de adoção do garoto. A cantora ficou aliviada com a decisão, porque com ela os grupos não ameaçaram diretamente a adoção.
A polêmica sobre o caso chamou atenção para o drama dos órfãos do Malauí. Mais de 900 mil crianças são órfãs no país e outras 500 mil perderam pelo menos um progenitor.
Banda negou que queira o menino de volta e pediu aos grupos de defesa dos direitos humanos que não interfiram em suas tentativas de falar com Madonna.
- Só quero descobrir como vai o meu filho, e não pegá-lo de volta - disse, segundo o jornal.
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