O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Franklin Martins, pediu pressa, na segunda-feira (9), para a conclusão do projeto da TV pública aberta. O ministro, que mudou a agenda de última hora para comparecer ao encontro do I Forum Nacional de TVs públicas, organizado pelo Ministério da Cultura, afirmou que a implantação da TV digital exige que o projeto do governo seja concluído brevemente:

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- Há uma imperiosa necessidade de avançarmos nisso, porque estamos às portas da implantação da TV digital. Está saindo o último trem para a TV digital. Ou nós somos capazes de fazer essa viagem juntos ou não haverá viagem para ninguém. Temos diferenças. Mas ou somos capazes de deixar de lado as pequenas vaidades - porque as pequenas não conseguimos - ou nós perderemos esse bonde, o expresso 2222 da TV pública - disse Franklin Martins, ao lado do ministro da Cultura, Gilberto Gil, e de representantes de TVs públicas de todo o país.

O ministro comparou a falta de consenso na discussão sobre a TV pública aberta a outros momentos da vida nacional. Para ele, em 15 anos, essa discussão - que ele classificou de tumultuada e confusa - estará superada.

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- Levamos 70 anos para abolir a escravidão no país, vinte e cinco anos numa ditadura e 15 numa transição, 20 anos achando que não havia maneira de combater a inflação. Nós custamos a formar maioria no país. A grande vantagem é que quando formamos é difícil voltar atrás.

O ministro da Cultura, Gilberto Gil, reivindicou para o ministério a autoria do projeto de TV pública aberta, em seu discurso.

- O governo brasileiro percebe claramente que a iniciativa do Minc é uma iniciativa que beneficia toda a preocupação do governo. O Ministério da Cultura deixa claro que essa iniciativa corresponde à nossa atuação. É uma questão do Ministério da Cultura. O governo agora assume isso, e a presença do ministro das Comunicações é eloqüente nesse sentido - disse Gil.

O Ministério das Comunicações não enviou representante ao encontro. Esta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa a formatar o anteprojeto da TV pública aberta em uma reunião com os ministros da Cultura, da Secretaria de Comunicação, de Comunicações e da Casa Civil. A previsão é de que o texto seja enviado ao Congresso em três meses.

- Eu não posso explicar por que o Ministério das Comunicações não está aqui hoje. É uma explicação que eles têm que dar. Como a iniciativa de criação e o acompanhamento do andamento do fórum tem sido do ministério da Cultura, o Ministério das Comunicações está esperando que ande. A ele está afeito as questões infraestruturais, as questões técnicas, de suporte. As discussões do fórum são mais institucionais, de modelo de produção, formas novas de conteúdo. O que o fórum discute é o papel disseminador de uma cultura de televisão - disse Gilberto Gil.

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Franklin Martins disse considerar "normal" que haja ruídos entre ministros durante a elaboração de políticas púbicas. Ele reconheceu que a primeira iniciativa de tratar da TV pública aberta partiu do Minc, apesar de admitir que nem todas as decisões do I Forum Nacional de TVs Públicas serão aproveitadas no projeto. E fez uma brincadeira:

- O Ministério da Cultura já estava tocando isso. Jogou um papel de animador cultural - disse Franklin.

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