Ele tem 23 anos, é integrante do grupo de pichação Panibop/Grife PD5, e picha desde os 14. O* foi um dos responsáveis pela intervenção no Museu Guido Viaro, semana passada:
Por que o Museu Guido Viaro?
Ja havíamos pichado lá e nunca havia dado nenhuma repercussão.
Vocês sabiam que era um museu?
Óbvio que sabíamos, e um museu pouco conceituado, esquecido...
Pichação é arte?
Não só arte, mas um esporte muito perigoso no qual arriscamos nossas vidas.
O que você diria para quem se sentiu lesado por ter tido sua casa, loja, prédio ou muro pichado?
Não levar para o lado pessoal. Cada um tem seu gosto. Sei que as pessoas xingam, ficam nervosas. Se fossem olhar como arte, veriam as coisas por outro ângulo. Mas nunca aceitariam.
Você ficou sabendo que algumas pessoas de fora do movimento apoiaram a pichação do museu? O que achou?
Não fiquei sabendo de ninguém que apoiou, até duvido, pois o único ponto positivo ao meu ver foi aparecer na mídia.
Por que as obras que foram levadas na ação foram devolvidas?
Quando percebemos que a janela estava aberta, fazendo o rolê, resolvi pegar um deles [duas gravuras], pois sabia que iria dar repercussão. Devolvemos porque não somos bandidos. Trabalhamos e até fazemos faculdade, como eu. [Guido Viaro nega que as janelas estavam abertas].
Vocês escolheram o museu para protestar contra ele? Para protestar contra a arte? Por quê?"
Porque ele está na frente da Reitoria, onde há muitos estudantes. Colocamos nossa cara à tapa como sempre, mas dessa vez para ver o debate. A única forma de conseguirmos ganhar atenção foi fazendo o furto. Não é justo que as obras fiquem expostas no meu quarto, onde só eu veja, ou no museu, onde muito pouca gente vê, infelizmente. Mas lá é o lugar dele. Numa frase na carta, deixada junto com as obras, estava escrito que "a arte paranaense só é reconhecida quando se encaixa no papel de vítima", como aconteceu na semana passada. [Viaro também nega a existência de uma carta].
* A reportagem manteve o sigilo da fonte.
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