O atual governo da Polônia, conservador, deu mais um passo em seus esforços para combater o que considera ser uma campanha de propaganda homossexual nas TVs, desta vez voltando suas armas para Tinky Winky e os outros Teletubbies.
Ewa Sowinska, escolhida pelo governo para defender o direito das crianças, afirmou a uma revista polonesa publicada na segunda-feira (28) que estava preocupada com a possibilidade de o programa infantil da BBC fomentar a homossexualidade.Sowinska disse que pediria a psicólogos que ajudassem a decidir se era isso o que acontecia.
Em comentários que lembraram as críticas feitas pelo líder evangélico dos EUA Jerry Falwell (já morto), ela disse à revista: "Percebi que ele (Tinky Winky) possui uma bolsa de mulher, mas não tinha percebido que se tratava de um menino."
"Primeiro, acreditei que a bolsa poderia ser um fardo para esse Teletubby. Mais tarde, descobri que isso poderia ter uma conotação homossexual."
O atual governo polonês entrou em choque com grupos de defesa dos direitos humanos e viu-se criticado dentro da União Européia por adotar medidas consideradas discriminatórias em relação aos homossexuais.
O ministro da Educação da Polônia, Roman Giertych, propôs leis que garantiriam a demissão de professores com "um estilo de vida homossexual" e que proibiriam a "agitação homossexual" nas escolas.
O programa de TV, no ar há dez anos, apresenta personagens gordinhos e de cores vivas que conquistaram crianças do mundo todo e que se transformaram em alvo de religiosos conservadores depois de Falwell ter sugerido que Tinky Winky poderia ser homossexual.