Muitos escritores podem ser considerados controversos, mas não é qualquer um que consegue ser processado por meio mundo religioso e virar alvo da liga pelos direitos humanos na França. Houellebecq (a pronúncia é "uelebéc") conseguiu. Na justiça, ganhou o direito de criticar o Islã, assim como os judeus e os cristãos. No fim, em seus livros, sobra para todas as crenças e não só para elas.
Nascido Michel Thomas em 26 de fevereiro de 1958, antes de virar escritor, graduou-se engenheiro agrônomo. O Houellebecq ele pegou da avó, que o criou, enquanto a mãe levava uma vida itinerante trabalhando como médica.
O sucesso na literatura veio com Extensão do Domínio da Luta (Sulina). O romance seguinte, Partículas Elementares (Sulina), é considerado por muitos um "clássico niilista" e ganhou versão para o cinema neste ano.
O mundo passou a conhecer o seu nome ao lançar Plataforma (Record), livro em que aborda religião principalmente a do Islã e turismo sexual. O Brasil teve a "honra" de ser citado no texto como um dos destinos possíveis para quem viaja pensando naquilo.
Comenta-se que o contrato assinado pelo escritor com a editora Fayard foi um dos mais caros na história da França e teria alçado os sete dígitos (um milhão de euros). A Possibilidade de uma Ilha já foi traduzido para 30 países e o confirmou como o escritor mais influente da França atual.
A obra de Houellebecq parece uma resposta à máxima criada pelo poeta John Donne (1572 1631), segundo a qual "nenhum homem é uma ilha". Talvez um seja. (IN)
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano