A situação das áreas protegidas ao redor do mundo não é muito diferente da encontrada no Brasil. O 2.º Panorama da Biodiversidade Global, relatório lançado pelas Nações Unidas na semana passada, durante a abertura da COP8, mostra que aproximadamente 12% da superfície terrestre já está legalmente protegida.
Mas isso não significa que se atingiu a meta de que cada ecorregião do planeta tenha pelo menos 10% de sua superfície sob proteção legal até 2010. Aliás, isso está muito longe de ocorrer. Segundo o relatório da ONU, cerca de 60% das 825 ecorregiões terrestres do mundo ainda não chegaram aos 10% de área protegida. E, em 140 ecorregiões (17% do total), a área protegida cobre menos de 1% da superfície. Do outro lado, há uma pequena parcela de ecorregiões muito bem protegidas, o que faz com que a média geral melhore. Uma ecorregião é uma área com um tipo de vegetação homogênea característica.
O Panorama da Biodiversidade revela ainda que os oceanos são o primo pobre da proteção ambiental. As reservas marinhas cobrem apenas 0,6% da extensão dos mares. As áreas costeiras, dentro do mar territorial dos países, por sua vez, têm apenas 1,4% de sua superfície protegida. A meta de 10% de de proteção para os mares deve ser atingida em 2012.
Investimentos
Para os ambientalistas, a perspectiva de que as metas venham a ser atingidas parece distante. Segundo o Greenpeace, para se atingir as metas globais, seria preciso investir US$ 25 bilhões por ano na conservação ambiental. No entanto, segundo a entidade, apenas US$ 7 bilhões anuais vêm sendo empregados.



